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Marta Ortega defende que grupo Inditex não faz fast fashion

Quase a fazer um ano desde que assumiu o cargo de presidente do grupo de moda Inditex, Marta Ortega deu uma segunda entrevista onde abordou o tema da fast fashion, afirmando que o seu grupo não fazia este tipo de moda.
29 Março 2023, 18h26

A presidente do grupo Inditex, Marta Ortega, defende que o grupo não se reconhece como “uma empresa de fast fashion“, em entrevista ao jornal “Financial Times”.

Quase um ano após assumir a presidência do grupo, Marta Ortega concedeu uma segunda entrevista a um meio de comunicação, na qual abordou as mudanças enfrentadas pelo maior grupo têxtil mundial.

O jornal “Cinco Días” dá ênfase a que Marta Ortega não é fã de números, mas que “com o passar dos anos passamos a entende-los, mas a minha energia está no produto e em como este é apresentado. Essa é a alma da nossa empresa e é onde posso contribuir com o maior valor”.

“Tentamos operar como uma pequena empresa e não nos distrair com os números grandes. O nosso sucesso comercial vem, acredito, do foco nos pequenos detalhes de cada uma das pessoas que trabalham na empresa”, os números grandes que Marta Ortega se refere são os 4,130 milhões ganhos no ano passado e os 32,569 milhões faturados.

A herdeira do império Inditex afirma que está focada no produto e em tudo o que “permita uma melhor entrega”, com o objetivo de “melhorar sempre a experiência de compra, tanto nas lojas físicas, como nas online e maximizar a integração entre as duas”.

Marta Ortega afirma que o seu “objetivo é continuar a construir qualidade, qualidade e qualidade em todos os aspetos da empresa”.

Em resposta aos que acusam o grupo Inditex de ser uma fabricante de fast fashion, Ortega responde que “não nos reconhecemos nesse rótulo”. Afirmando que quando pensa em fast fashion pensa “na quantidade de produtos que não são vendidos e na má qualidade das peças de vestuário focadas em serem vendidas a um preço muito barato. Isso não pode estar mais longe do que o que fazemos”.

No final do último ano fiscal a Inditex tinha um inventário avaliado em 3.191 milhões de euros, um valor 5% superior ao do ano anterior.

Rachel Arthur, consultora de sustentabilidade, responde a este reflexão de Ortega, afirmando que “se vocês lançam novas coleções dezenas de vezes por ano, então são uma marca de fast fashion, quer queira ou não admitir”.

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