[weglot_switcher]

Matos Fernandes defende medidas de promoção dos transportes coletivos

O ministro do Ambiente e da Acção Climática deu início à Portugal Smart Cities Summit e falou também nos objetivos de descarbonização. “Só as cidades e as autarquias são capazes de fazer a ponte entre esta obrigação [de descarbonização] e, ao mesmo tempo, a necessidade dessa transição ser justa, não deixando para trás ninguém”, disse.
  • Cristina Bernardo
16 Novembro 2021, 12h54

O ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, defendeu hoje a necessidade de se adotarem medidas de promoção da utilização dos transportes coletivos, depois da quebra verificada com a pandemia de Covid-19.

João Pedro Matos Fernandes falava na sessão de abertura da Portugal Smart Cities Summit, em que apontou a oferta de transportes coletivos em cidades como Lisboa e Porto, que “é a mesma que há dois anos atrás”, enquanto “a procura é apenas de 60%”.

Por isso, defendeu a adoção de medidas que promovam a utilização do transporte coletivo, até porque os investimentos que estão a ser feitos são relevantes e, em muitos sítios, “a oferta é melhor e a redução do preço dos passes mensais teve um impacto brutal”.

Acrescentou, ainda, as vantagens da “mobilidade suave, embora obrigue a um esforço e gere tensão”.

Matos Fernandes salientou a importância que as cidades têm na concretização dos objetivos do clima, considerando “absolutamente essencial que as cidades queiram ser famosas pelo seu compromisso com o clima, com os seus cidadão e com a transformação da vida nas próprias cidades, em prol duma sociedade neutra em carbono”. Defendeu que têm de ser capazes de regenerar recursos e, em simultâneo, criar bem-estar, gerar riqueza, promovendo o crescimento da economia “dentro e fora de muros”.

“É este o desafio das cidades para o futuro”, afirmou.

O ministro do Ambiente reconheceu que o caminho apontado está já  ser feito, com benefícios: “Ainda bem que assim é, pois significa que as cidades querem antecipar as metas que a ciência nos diz, ou seja, que em 2050 o mundo tem que ser neutro”.

“Só as cidades e as autarquias são capazes de fazer a ponte entre esta obrigação [de descarbonização] e, ao mesmo tempo, a necessidade dessa transição ser justa, não deixando para trás ninguém”, disse.

 

Empresas têm de descabonizar

Quanto ao que é pedido às empresas, sobretudo no setor industrial, Matos Fernandes afirma que há já a firme convicção que “se se não descarbonizarem vão sair do mercado”. Para o ministro do Ambiente, “tornou-se cada vez mais claro para a indústria este esforço de descarbonização”.

A Portugal Smart Cities Summit iniciou-se esta terça-feira, 16 de novembro, no Pavilhão 2 da Feira Internacional de Lisboa, no Parque das Nações, com 12 sessões de debates e a participação de 72 diferentes oradores, de acordo com a organização, da responsabilidade da Fundação AIP.

O evento, que decorrerá até 18 de novembro, quinta-feira, conta com o Jornal Económico como media partner e está aberto à presença de público mediante inscrição prévia online, em portugalsmartcities.fil.pt.

As sessões de debate serão transmitidas através da plataforma JE TV, através do site (www.jornaleconomico.pt) e das redes sociais do Jornal Económico.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.