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Mau tempo: Cinquenta e uma pessoas desalojadas em Portugal continental

Segundo o comandante Pedro Nunes, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, os desalojados passaram para o atendimento dos respetivos serviços municipais de proteção civil e da Segurança Social, regressando às suas casas assim que possível.
19 Dezembro 2019, 21h39

Cinquenta e uma pessoas ficaram esta quinta-feira desalojadas no continente português na sequência do mau tempo, indicou a Proteção Civil, que contabilizou cerca de 4.200 ocorrências desde as 15:00 de quarta-feira.

Segundo o comandante Pedro Nunes, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), os desalojados passaram para o atendimento dos respetivos serviços municipais de proteção civil e da Segurança Social, regressando às suas casas assim que possível.

“Estão realojadas e estão bem neste momento e, assim que houver oportunidade, regressarão às suas habitações ou a uma alternativa que seja criada para poderem ficar alojadas nos próximos dias”, afirmou o comandante Pedro Nunes, aos jornalistas, numa declaração na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, em Carnaxide, Oeiras.

As cerca de 4.200 ocorrências registadas entre as 15:00 de quarta-feira e as 21:00 de hoje referem-se, sobretudo, a inundações e quedas de árvores, com o distrito do Porto a ser o mais atingido.

“É o distrito do Porto, em número de ocorrências é o distrito do Porto”, referiu o comandante da Proteção Civil, apontando que também os distritos de Braga, Viseu, Aveiro e Coimbra estão entre os mais afetados.

Foi, aliás, no distrito de Viseu, em Castro Daire que se registou uma das vítimas mortais relacionadas com o mau tempo, devido ao desabamento de uma casa. A outra vítima mortal registou-se no Montijo (distrito de Setúbal), devido à queda de uma árvore.

Em relação à situação hidrológica, o comandante Pedro Nunes adiantou que a situação que mais preocupa neste momento a Proteção Civil é Águeda, pois os dois rios que atravessam a cidade – rio Alfusqueiro e rio Águeda – “estão com caudais muito próximos daqueles que resultaram nas cheias” de 2001.

“Se fizermos uma relação direta com os caudais é muito provável que nas próximas horas a cidade de Águeda venha a sofrer uma situação muito idêntica àquela que sofreu no ano de 2001”, disse.

Quanto ao rio Tâmega, em Chaves e Amarante, “os caudais estabilizaram”, mas terão que ser monitorizados nas próximas horas, porque vão sofrer ainda “uma entrada muito grande de água”.

Para as próximas horas, a Proteção Civil espera que ocorra um “ligeiro desagravamento” a partir das 03:00 de sexta-feira, quer da precipitação, quer do vento, segundo as últimas informações fornecidas pelo Instituto do Português do Mar e das Atmosfera (IPMA).

Contudo, continuou o comandante da Proteção Civil, a partir das 14:00 de sexta-feira deverá registar-se um “novo agravamento meteorológico, com um novo quadro de precipitação e de vento”, com especial incidência na região Centro e no Alentejo.

Questionado se será um agravamento tão intenso como o que se registou hoje, Pedro Nunes reconheceu que “os quantitativos” que foram apresentados à Proteção Civil “são menores”, mas “não deixa de ser uma situação com preocupação”.

Para sábado poderá existir novamente um agravamento do estado do tempo e só a partir de domingo é que poderá registar-se um desagravamento, acrescentou.

“No entanto, esta é uma situação que muda com alguma facilidade”, alertou.

Notícia atualizada às 23h17

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