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May garante a deputados: “Brexit está nas mãos do Parlamento britânico”

A primeira-ministra disse que a saída da UE “segue nas mãos do Parlamento britânico” e que o prolongamento irá acabar quando os Comuns aprovarem o Brexit negociado no ano passado com Bruxelas, cujo acordo foi negado três vezes em Westminster.
  • REUTERS/Neil Hall
11 Abril 2019, 15h33

A primeira-ministra britânica, Theresa May, espera que a Câmara dos Comuns “reflita” durante a Semana Santa, uma vez que se vão “fechar para férias”, e que o parlamento aprove a saída da União Europeia em maio, para não esgotar o novo prazo dado pela Comissão Europeia.

Theresa May apareceu no Parlamento para explicar aos deputados o que foi estabelecido em Bruxelas, que passou pelo adiamento do Brexit de 12 de abril para 31 de outubro. Na sua intervenção, a primeira-ministra disse que a saída da União Europeia “segue nas mãos do Parlamento britânico” e que o prolongamento irá acabar quando os Comuns aprovarem o tratado de saída negociado no ano passado com Bruxelas, cujo acordo foi negado três vezes em Westminster.

O objetivo é negociar com a oposição trabalhista durante as próximas semanas para o tratado ser aprovado em maio, altura em que acontecem as eleições europeias, de forma a abandonar a União Europeia no final do quinto mês do ano e evitar as eleições a 23 de maio. “Espero que a Câmara aproveite as férias da Semana Santa para refletir sobre as decisões que têm de tomar imediatamente depois. Esperemos encontrar uma solução para o bloqueio que está a acontecer, ter um acordo o quanto antes e evitar a celebração das eleições para o Parlamento europeu”, declarou May.

“Assim, conseguimos cumprir a decisão democrática do referendo, implementar o Brexit e levar o país para a frente. É o nosso dever nacional como membros eleitos da Câmara”, continuou. O acordo do Conselho Europeu contempla que durante o prolongamento da data de saída, o Reino Unido se abstenha de tomar decisões que possam pôr em perigo os objetivos da União Europeia. No entanto, no seu discurso, May afirmou que os líderes europeus não impuseram mais obrigações àquelas que os estados membros já não tenham.

Jeremy Corbyn afirmou que as conversas com o Governo, para chegar a um acordo com o Brexit, são “detalhadas e construtivas” mas garantiu ter receio que os conservadores utilizem o processo para diminuir os impostos e as proteções de leis laborais que vigoram na União Europeia. Mostrando estar do lado de May, a oposição defende a permanência do Reino Unido na zona aduaneira e o respeito pela norma do ambiente e pela lei laboral.

Por sua vez, Bill Cash disse que o adiamento concedido pelo Parlamento europeu foi uma “rendição” e reforçou que Theresa May devia ser demitida.

 

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