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Médicos de família exigem redução das listas de utentes

Os médicos de família sugerem a introdução de “uma nova métrica para as listas de utentes” tendo por base “o exercício clínico em diferentes categorias de complexidade”.
17 Junho 2017, 14h11

Os médicos de família apresentam este sábado uma proposta reduzir as listas de utentes, tendo em conta as dificuldades de acesso a serviços de saúde em cada município. A proposta da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) sugere que a lista de utentes por médico varie entre os 800 até ao limite máximo de 1.800 pacientes.

A APMGF dá conta de que o limite máximo é de 1.900 doentes por médico, que era para ser transitório, numa altura em que havia falta de médicos de família e estávamos num contexto de crise económica, está a ser aplicado como norma, sendo que agora Portugal já não atravessa a escassez de médicos de medicina geral e familiar de há poucos anos.

A Associação sugere, por isso, a introdução de uma nova dimensão na constituição de listas de utentes por médico de família, com a definição de “uma nova métrica para as listas de utentes dos médicos de família” tendo por base “o exercício clínico em diferentes categorias de complexidade”.

“Propomos uma nova métrica. Até agora temos em conta o número de pessoas e a idade como parâmetros a avaliar a dimensão das listas, sendo que os mais idosos pesam mais do que as pessoas mais jovens. Propomos introduzir o contexto de exercício como parâmetro, ou seja, onde há ou não recursos de saúde”, adianta Rui Nogueira.

A Associação pretende criar seis categorias de municípios, tendo em conta a sua complexidade e a dificuldade de acesso da população a outros recursos de saúde ou assistenciais, sendo que nos mais complexos, as listas de utentes por médico devem ser menores.

Esta reivindicação esteve na origem da greve nacional que decorreu nos dias 10 e 11 de maio. A ideia é que haja uma redução gradual, de 50 utentes de cada vez, até que se alcance os anteriores valores de 1.500 utentes por médico.

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