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Medina destaca recuperação do turismo, um “indiscutível pilar” do crescimento nacional

O ministro das Finanças sublinhou a melhoria de uma série de indicadores, projetando que o sector venha a mostrar uma importância crescente no próximo ano, especialmente no contexto de elevada incerteza que reveste a economia europeia para 2023.
27 Setembro 2022, 11h52

O turismo português terá de ser “um pilar” do desempenho económico nacional em 2023, depois da assinalável recuperação que tem demonstrado no pós-pandemia, projeta Fernando Medina. O ministro das Finanças destacou a melhoria da generalidade dos indicadores do sector e projetou mais um ano de crescimento do turismo nacional, apesar da grande incerteza e condicionantes externas.

Falando na VI Cimeira do Turismo Português, organizada esta terça-feira, o ministro das Finanças agradeceu aos empresários do ramo pela resistência demonstrada durante a crise da Covid-19, quando foram dos principais impactados pelas medidas de contenção pandémica, e sublinhou o impacto do sector na recuperação do último ano.

“Verão deste ano é a prova que conseguimos vencer os desafios que a pandemia pôs ao turismo”, afirmou Fernando Medina, lembrando que a “procura pelo turismo português voltou com ainda mais força” do que se verificava antes da chegada da Covid-19.

Numa “demonstração cabal para os céticos” que duvidavam do potencial turístico do país, o sector “foi responsável por mais de um terço da recuperação económica registada” no último ano, mostrando ser “moderno, capacitado e ágil”. Assim, Medina destacou não só o regresso dos viajantes ao nosso país, mas também a capacidade da fileira de gerar emprego.

Projetando 2023, o ministro reconheceu que se verifica uma “degradação da conjuntura externa” evidente, com a subida generalizada de custos que irá empurrar o Banco Central Europeu (BCE) para uma normalização da política monetária e um abrandamento da atividade económica na zona euro e principais economias desenvolvidas.

No entanto, o caso português beneficia de vários fatores: uma “resiliência interna” patente nos tempos de pandemia, um mercado laboral historicamente rígido, a menor dependência do gás russo do que outros países europeus e o potencial nacional para operações de relocalização de indústrias “em busca de cadeias de abastecimento mais curtas”. A estes junta-se “a resiliência especial conferida pelo sector do turismo”, que terá de ser “uma indiscutível valia e pilar do que pode ser o desempenho” da economia no próximo ano, completou.

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