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Medina diz que PIB vai crescer no quarto trimestre e projeções do OE vão ser ultrapassadas

Fernando Medina adianta que Portugal vai crescer, pelo menos, 6,7%. “Chamo a atenção que este ano vamos crescer, pelo menos, 6,7% e quando prevemos um crescimento de 1,3% em 2023” face a este ano “vamos estar a crescer 1,3% por cima de 6,7%”, defendeu o ministro, que recusa um cenário de recessão para 2023.
12 Dezembro 2022, 20h13

“Quando se fala de 2023, hoje podemos dizer com confiança que as projeções que tínhamos no Orçamento do Estado apresentado em outubro, em relação ao crescimento para este ano, vão ser ultrapassadas”, afirmou Fernando Medina, ministro das Finanças, no encontro Fora da Caixa, organizado pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), e que teve lugar na Culturgest, em Lisboa. O Governo previa um crescimento do PIB de 6,5% na proposta orçamental que apresentou em outubro.

O ministro justifica esta revisão em alta com “um crescimento já confirmado no terceiro trimestre”, e, revelou, “antecipo também que no quarto trimestre [o crescimento] venha a ser positivo, contrariando os mais pessimistas que achavam que o PIB ia cair ou estabilizar”.

Fernando Medina adianta que Portugal vai crescer, pelo menos, 6,7%. “Chamo a atenção que este ano vamos crescer, pelo menos, 6,7% e quando prevemos um crescimento de 1,3% em 2023” face a este ano “vamos estar a crescer 1,3% por cima de 6,7%”, defendeu o Ministro que recusa um cenário de recessão para 2023.

“Sendo um abrandamento económico [em 2023], é um crescimento mais baixo, mas é a somar a uma utilização muito alta da nossa capacidade produtiva”, sublinhou.

“Estamos a recuperar acima do que a Europa está a recuperar”, frisou.

A Comissão Europeia tem uma previsão menos optimista para o PIB português, com base numa estimativa de um problema maior da procura externa, explicou.

“Ter uma taxa de emprego alta com baixo desemprego nunca é um problema”, disse o ministro, que considera que poderá ser um ponto forte de Portugal em 2023, nomeadamente ao nível da coesão social. No entanto, alertou que há uma incerteza quanto ao ritmo da redução da inflação, “que pode não acontecer no tempo e na intensidade suficiente” o que pode implicar que não se consiga aguentar as elevadas taxas de emprego.

Fernando Medina espera um aumento da quota de mercado pois “há várias indústrias em Portugal que estão a ser procuradas por clientes europeus que antes iam procurar noutras geografias e nós com a flexibilidade estamos a responder”, disse o ministro, que apontou como fator positivo para aproveitar em 2023.

“A globalização evoluiu muito rapidamente com deslocalização da produção para outras geografias em troca dos preços baixos”, disse Medina, que frisou “que hoje se vê é que este processo foi levado longe demais”. Lembrou o caso da falta de máscaras em Portugal na pandemia e da dependência da Alemanha do gás russo e defendeu que este processo de “regionalização da produção” veio para ficar.

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