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Medina ministro da Finanças? “Erro crasso que António Costa está a cometer”, diz PAN

Para a líder do PAN a escolha do ex-autarca para a pasta das Finanças é um erro “não só pelo facto do mandato de Fernando Medina na Câmara Municipal de Lisboa ter sido marcado pela falta de diálogo”, mas também pelos motivos “associados ao final do mandato”.
24 Março 2022, 12h31

Depois de conhecida a lista do novo Executivo de António Costa, surgem algumas críticas às escolhas do primeiro-ministro. Da parte do PAN, a porta-voz do partido, Inês de Sousa Real, disse ao Jornal Económico que considerou a mudança de Fernando Medina para a pasta das Finanças um “erro crasso”.

“O ministério das Finanças teve uma alteração significativa neste caso de Fernando Medina. No nosso entender é um erro crasso que António Costa está a cometer”, referiu Inês de Sousa Real.

Para a líder do PAN a escolha do ex-autarca para a pasta das Finanças é um erro “não só pelo facto do mandato de Fernando Medina na Câmara Municipal de Lisboa, ter sido marcado pela falta de diálogo”, mas também pelos motivos “associados ao final do mandato de Fernando Medina, nomeadamente a informação dos nomes dos ativistas da embaixada russa”.

Fernando Medina foi apenas uma das novidades no Executivo de Costa. O novo Governo, que deverá tomar posse a 30 de março, vai contar com 17 ministros e 38 secretários.

Além de Fernando Medina no Ministério das Finanças, outras alterações decorreram, como é o caso de Duarte Cordeiro passar a ministro do Ambiente. Sobre esta mudança, Inês de Sousa Real admitiu esperar que “Duarte Cordeiro consiga manter a capacidade de diálogo que até aqui demonstrou enquanto secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares”.

Ainda sobre Duarte Cordeiro, a representante do PAN referiu que “tem backgroung em matérias de resíduos urbano” e lembrou que o anterior secretário dos Assuntos Parlamentares foi também “vereador com o pelouro da casa dos animais de Lisboa e provedoria dos animais de lisboa”, o que faz Inês de Sousa Real acreditar que a proteção animal possa ter “outra dignidade”.

Quanto à pasta da justiça, que será assumida por Helena Carreiras, Inês de Sousa Real admitiu a esperança que a “mudança de nome possa trazer de alguma forma alguma celeridade”. “É preciso garantir estratégia para reforço de meios humanos para o combate à corrupção, mas também para a justiça do quotidiano”, sublinhou.

Relativamente à redução do número de ministros e secretários, Inês de Sousa Real afirmou ser “importante no contexto em que já existiam, desde a legislatura passada, críticas face à dimensão do Governo”.

“Mas o mais importante parece ter sido uma restruturação bastante adaptada aos desafios que temos a este tempo”, disse a porta-voz do PAN, acrescentando que o partido olha com “incompreensão o facto de se extinguir o Ministério do Mar e em contra partido elevar os assuntos parlamentares a ministério”.

Segundo Inês de Sousa Real extinguir o Ministério de Mar “não nos faz qualquer tipo de sentido numa altura em que Portugal vai receber este ano a conferência dos oceanos”.

“Sabemos a importância que o mar tem para o combate às alterações climáticas e a perspetiva que temos de ter sobre o mar no nosso entender não pode ser uma perspetiva unicamente economicista”, vincou Inês de Sousa Real.

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