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Melania Trump suspeita de irregularidades no processo de imigração

Mulher do candidato à Casa Branca nasceu na Eslovénia, imigrou para os EUA em 1996, mas só em 2006 adquiriu a nacionalidade americana. Senadora da Califórnia exige registo de imigração de Melania Trump de forma a comprovar ou refutar as acusações.
  • Jonathan Ernst/REUTERS
31 Janeiro 2017, 11h57

Depois de tanto ter questionado Barack Obama sobre a sua “real” nacionalidade, Donald Trump é agora confrontado com o historial migratório da sua mulher, de origem eslovena, Melania Trump, que terá trabalhado como modelo nos Estados Unidos antes de obter um visto legal. A senadora democrata do estado da Califórnia, Nancy Skinner, exige por isso à Casa Branca que a primeira-dama divulgue os seus documentos de reconhecimento de cidadania norte-americana de forma a comprovar ou refutar as acusações.

“Tem havido vários relatos na imprensa que têm base em investigações legítimas que indicam que Melania foi paga por trabalhos de modelo que ocorreram semanas antes de ela ter um visto legal para trabalhar”, conta à rádio local KCBS, Nancy Skinner. “Nós não sabemos, não podemos refutar isso, porque ainda não vimos nenhuma documentação direta da própria Melania que indique o contrário”.

Uma investigação publicada pela Associated Press (AP), em novembro, a quatro dias das eleições presidenciais, dava conta de que Melania Trump havia trabalhado em 1996 como modelo em Nova Iorque, antes de receber o visto que lhe permitiria trabalhar nos Estados Unidos. Melania Trump terá entrado em território norte-americano com um visto de turista a 27 de agosto de 1996, mas só quase dois meses depois é que obteve um visto de trabalho.

A situação já tinha antes levantado polémica e levado Donald Trump a prometer uma conferência de imprensa com a mulher para esta explicar o seu passado como imigrante. Porém, esta nunca chegou a acontecer.

“Ninguém no campo de Donald Trump divulgou qualquer documentação para indicar qual foi a circunstância ou se ela tinha ou não um estatuto totalmente legal”, afirma Nancy Skinner.

O pedido da senadora democrata aparece poucos dias depois do 45º presidente norte-americano ter anunciado o fecho de fronteiras a refugiados e a pessoas provenientes de sete países considerados “perigosos” – Irão, Somália, Líbia, Iraque, Síria e Iémen. A medida do ainda curto mandato de Donald Trump está a gerar polémica e a levantar protestos por todo o mundo.

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