“Vamos ter um acréscimo no total de 11% nos valores fixados por quotas, que vai corresponder, e essa é uma excelente notícia, a quase 121 mil toneladas que poderão ser capturadas no próximo ano, o que, comparativamente com a base de dados que temos, é o melhor resultado de sempre”, declarou Ana Paula Vitorino, no final da reunião de ministros das Pescas da União Europeia, que demorou 16 horas de reunião no segundo dia de trabalhos.
A ministra sublinhou também que estes resultados foram conseguidos “à custa do aumento de quotas em espécies com bastante valor”, casos do tamboril, biqueirão e do bacalhau.
Por outro lado, apontou, os cortes propostos inicialmente pela Comissão Europeia acabaram por não se concretizar, dando como exemplo a pescada, espécie para a qual Bruxelas defendia um corte na ordem dos 34%, mas que se quedou nos 5%.
A ministra referiu que as “muito boas notícias para Portugal” se devem também às “muito boas notícias para a União Europeia”, porque “o estado das espécies envolvidas nestas quotas estão bastante melhores”, o que possibilitou as “excelentes notícias para Portugal”.
“Quer os aumentos das quotas, quer a não diminuição de quotas foram conseguidos com fundamentação científica muito apurada. Ou seja, estes valores são bons do ponto de vista socioeconómico, mas também respeitam a sustentabilidade das espécies, e portanto conseguimos trabalhar na perspetiva dos três pilares da sustentabilidade, que é o pilar ambiental, o pilar social e o pilar económico”, destacou, em declarações citadas pela agência Lusa.
Os ministros das Pescas da UE chegaram hoje a acordo sobre os totais admissíveis de capturas e respetivas quotas nacionais, numa maratona negocial em que Portugal viu os cortes da pescada reduzidos a 5% em 2017.
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