Menezes Cordeiro diz que assembleia-geral cumpriu as regras de direito

O presidente da mesa da assembleia-geral da PT SGPS, António Menezes Cordeiro, frisou hoje que as regras de direito foram cumpridas, escusando-se a comentar o desfecho da reunião magna que hoje aprovou a venda da PT Portugal. “A minha expetativa era que a assembleia decorresse de acordo com as boas regras de direito. Decorreu. Agora […]

O presidente da mesa da assembleia-geral da PT SGPS, António Menezes Cordeiro, frisou hoje que as regras de direito foram cumpridas, escusando-se a comentar o desfecho da reunião magna que hoje aprovou a venda da PT Portugal.

“A minha expetativa era que a assembleia decorresse de acordo com as boas regras de direito. Decorreu. Agora a decisão é dos acionistas”, disse Menezes Cordeiro, à saída da assembleia-geral, acrescentando que “o que está decidido está votado”.

Questionado sobre se ficou desiludido com o desfecho da reunião magna, o presidente da mesa da assembleia-geral reforçou: “Não fico nem deixo de ficar, foram cumpridas as regras, era esse o meu papel e tudo dito”.

Os jornalistas questionaram ainda sobre a existência de alguma possibilidade do negócio não avançar ou medida jurídica que o possa inviabilizar, tendo Menezes Cordeiro afirmado apenas que “teoricamente é sempre possível”, mas não disse como.

Quanto ao pedido de suspensão dos trabalhos que chegou a ser entregue pelo Sindicato dos Trabalhadores do Grupo PT (STPT), Menezes Cordeiro adiantou que o mesmo foi retirado pelo próprio proponente, uma vez que já “era muito tarde e não havia maioria para o aprovar, logo não valia a pena”.

No entanto, adiantou, que o STPT admitiu estudar as possibilidades para avançar para a impugnação da assembleia-geral.

Quanto ao facto de o quórum se ter ficado pelos 44%, o responsável considerou-o “natural e uma prática de boa gestão”, uma vez que “há um conjunto de investidores estrangeiros” que se retiram quando há dúvidas.

Nas últimas semanas, tornou-se pública a posição do presidente da mesa da AG da PT SGPS a propósito da fusão entre a PT SGPS e a brasileira Oi. Em cartas divulgadas quer pela administração da PT SGPS quer pelo regulador, Menezes Cordeiro chegou a afirmar que os acionistas tinham “tudo a ganhar” com a resolução da fusão entre as duas empresas.

Acrescentou ainda que a PT podia voltar à precisa posição em que estava antes da conclusão do contrato, recuperando a PT Portugal e devolvendo as ações que recebeu em troca e chegou a sugerir a realização de uma nova reunião magna para eventual alteração dos contratos realizados.

OJE/Lusa

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