O número de pais que pediram apoio à Segurança Social para faltar ao trabalhar para cuidar filhos caiu mais de 20% em dezembro. Isto depois de ter disparado tanto em outubro, como em novembro, numa altura marcada pela propagação de vírus respiratórios.
De acordo com os dados divulgados pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, no último mês de 2022, 35.954 pessoas beneficiaram de prestações de assistência a descendentes. Tal significa que houve menos 9.356 pais nessa situação, o que corresponde a um recuo em cadeia de 20,6%.
Já em termos homólogos foi registada uma quebra de 12,6%, isto é, em dezembro de 2022 houve menos 5.186 beneficiários de prestações do género em questão do que em dezembro de 2021, mês em que a crise pandémica, recorde-se, verificou um agravamento por efeito da variante Ómicron.

Considerando somente o ano de 2022, note-se que o recurso a prestações de assistência a descendentes esteve em queda durante quatro meses, até que em outubro foi registada uma subida considerável. Nesse mês, o número de beneficiários ultrapassou a barreira dos 34 mil beneficiários.
E em novembro, esse universo voltou a crescer, ultrapassando a fasquia das 45 mil prestações pagas pela Segurança Socia. Importa salientar que o número de beneficiários de prestações para assistência a filhos só ultrapassou essa barreira e ambas foram registadas no ano passado.
Nestes números, estão incluídos o subsídio para assistência a filho, que corresponde a 100% da remuneração do beneficiário, mas também o subsídio para assistência a descendente menor ou deficiente, subsídio para assistência a deficientes profundos e doentes crónicos, e subsídio para assistência a filho com deficiência, doença crónica e por isolamento profilático por causa da Covid-19.
Prestações de doença também recuam
A par da trajetória referida do apoio aos pais, os dados mostram a evolução registada pelas prestações de doença: em dezembro, 135.857 mil pessoas tiveram direito a essa transferência da Segurança Social, menos 27,3% do que no mês anterior e menos 25,6% do que há um ano.
As prestações de doença, note-se, integram o subsídio de doença, o subsídio de doença profissional, o subsídio de tuberculose, a concessão provisória de subsídio de doença, as baixas por contágio e o subsídio por isolamento profilático (do próprio) pelo coronavírus.
Especificamente no que diz respeito ao subsídio por doença, 126.270 mil pessoas beneficiaram deste apoio em dezembro, menos 26,3% do quem em novembro.
“Esta prestação social foi processada a 52.064 pessoas do sexo masculino (41,2% do total) e 74.206 do sexo feminino (58,8% do total), apresentando-se este último em superioridade em todos os grupos etários considerados. O grupo etário dos 50 aos 59 anos era o mais representado, com 28,6%, seguido pelo grupo com idades entre os 40 e os 49 anos (26,1%), no conjunto de beneficiários do subsídio de doença”, detalha a nota divulgada pelo GEP.