[weglot_switcher]

Em menos de quinze anos, um quarto da população chinesa será idosa

O envelhecimento populacional da China pode vir a contribuir para uma desaceleração da economia.
  • Arnd Wiegmann/REUTERS
26 Janeiro 2017, 14h46

Com cerca de 1,5 mil milhões de pessoas, a China é o país mais populoso do mundo. No entanto, caminha a passos largos para se tornar também um dos países onde o envelhecimento demográfico é igualmente grande. Segundo as estatísticas divulgadas esta quarta-feira pelo Conselho de Estado, a China deve atingir os 375 milhões de população idosa já em 2030.

O estudo aponta para que cerca de um quatro da população chinesa (25%) possa vir a ter 60 anos ou mais em 2030. O valor reflete um aumento de quase 12%, quando comparado com os 13,3% registados nos censos do país feitos em 2010.

Depois de quase quatro décadas a incrementar a política do filho único, a China viu-se a braços com o flagelo do envelhecimento populacional. Durante os anos em que vigorou a medida estima-se que tenham nascido menos 400 milhões de crianças em todo o território chinês.

De forma a reverter os dados causados, o Governo chinês pôs em prática várias medidas de suavização das políticas de reprodução controlada impostas por lei. Em 2016 foi aprovado que os casais pudessem ter até dois filhos, o que possibilitou o nascimento só durante esse ano de quase 18 milhões de bebés.

Apesar do ligeiro aumento de 0,4% previsto para 2030, os especialistas indicam que os novos nascimentos previstos serão insuficientes para contrariar o vertiginoso envelhecimento do país. É esperado que a população total da China atinja o pico em 2030 e comece depois a declinar.

A par do envelhecimento da população poderá vir também a desaceleração da economia, tendo em conta que o número de pensionistas e reformados aumentou drasticamente ao longo dos últimos anos de forma desproporcional ao aumento do número de pessoas em idade ativa.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.