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MEO, NOS e Vodafone tiveram os contratos públicos de tecnologia mais caros no primeiro trimestre

As três operadoras de telecomunicações foram os maiores adjudicatários de contratos com o Estado entre janeiro e março de 2022.
19 Maio 2022, 18h12

As três operadoras de telecomunicações MEO, NOS e Vodafone foram as três principais empresas adjudicatárias do investimento do Estado nas Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) durante o primeiro trimestre deste ano.

O trio de ‘telecoms’ somou, em conjunto, 57,5 milhões de euros em contratos com o sector público português, o que corresponde a quase metade (43%) do investimento total (133,2 milhões de euros) feito pela Administração Pública nos primeiros três meses de 2022, de acordo com os cálculos da empresa de consultoria e análise TendersTool.

Apesar de a MEO, a NOS e a Vodafone liderarem a nível individual, houve diferentes consórcios de empresas que conseguiram um valor superior, de 24,5 milhões de euros distribuídos em 27 projetos. Logo depois surge então a empresa do grupo Altice, com 24,3 milhões de euros distribuídas por 74 adjudicações, a NOS, com 17,9 milhões de euros pela adjudicação em 23 projetos, e a Vodafone, que adjudicou 29 projetos avaliados em 15,3 milhões de euros.

Segue-se a Altran Portugal (9.582.436 euros em sete adjudicações), a consultora informática WWS (5.506.427 euros numa adjudicação) e a Inetum Espanha (4.996.000 euros em 16 adjudicações).

Quando se olha para os organismos públicos que precisaram destes recursos tecnológicos, a lista é encabeçada pela Secretaria-Geral do Ministério da Educação, que adjudicou onze projetos no valor de 58,2 milhões de euros, seguindo-se o Instituto da Informática, com 39,2 milhões de euros distribuídos em 41 projetos de tecnologia e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que apresentou 13 concursos públicos por 15,9 milhões de euros.

A ‘Top 7’ fica composto com a Autoridade Tributária e Aduaneira (7.689.765 euros em 41 projetos adjudicados), a Direção-Geral de Estatísticas de Educação e Ciência (5.240.551 euros em três projetos adjudicados), os SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (3.789.487 euros em 23 projetos adjudicados) e a Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública (3.224.978 euros em sete projetos adjudicados).

A TendersTool, que dá consultoria a tecnológicas na sua relação com entidades estatais, considera que “2021 marcou o âmbito do investimento público das TIC em Portugal com o Plano de Recuperação e Resiliência [PRR]e a sua influência na transição digital, uma vez que os investimentos da Administração Pública portuguesa no sector das TIC atingiram os 717,5 milhões de euros”.

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