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Mercadona vai reforçar aposta na economia circular com redução de plásticos até 2025

O grupo retalhista espanhol pretende atingir um triplo objetivo: reduzir 25% do plástico até agora utilizado; passar a usar todas as embalagens de plástico recicláveis; e reciclar todos os resíduos de plástico.
7 Setembro 2020, 16h36

O grupo retalhista espanhol Mercadona está a reforçar a sua aposta na economia circular, ao definir a implementação da ‘Estratégia 6.25’, quer estabelece seis ações com um triplo objetivo até 2025.

“A Mercadona é uma empresa comprometida com o ambiente que assume os desafios e preocupações da sociedade e, por isso, a cada dia dedica maiores esforços a continuar a cuidar do planeta. Em 2019, fruto do reforço do seu compromisso, realizou um investimento de 44 milhões de euros em medidas de proteção ambiental”, salienta um comunicado da Mercadona.

Segundo o referido documento, “‘Dizer Sim a Cuidar mais do Planeta’ foi o compromisso que assumiu Juan Roig, presidente da Mercadona, no dia 10 de março, aquando da apresentação dos resultados anuais da empresa”.

“Reforçando o objetivo de reduzir e reciclar, a empresa aposta numa estratégia global, denominada ‘Estratégia 6.25’, que envolve a promoção da economia circular, com vista à diminuição significativa de plástico em toda a empresa, evitando que se converta em desperdício”, assinala o referido comunicado.

De acordo com os responsáveis da Mercadona, “esta estratégia materializa-se na implementação de seis ações para alcançar um triplo objetivo até 2025”.

São seis as ações que materializam a ‘Estratégia 6.25’ da Mercadona: eliminar os sacos de plástico de uso único em todas as secções (até ao final de 2020); eliminar os descartáveis de plástico de uso único (até ao final de 2020); diminuir em 25% o plástico das embalagens (até 2025); promover o desenvolvimento de embalagens recicláveis/compostáveis; reciclar os resíduos de plástico gerados nas lojas; e formar e informar os clientes de como se deve efetuar a separação correta dos resíduos, quer através de informação nas embalagens quer nas lojas.

Desta forma, em 2025, a Mercadona pretende atingir um triplo objetivo: reduzir 25% do plástico até agora utilizado; passar a usar todas as embalagens de plástico recicláveis; e reciclar todos os resíduos de plástico.

Margarita Muñoz, diretora de Responsabilidade Social da Mercadona, destaca que, no grupo espanhol de distribuição, “reciclamos 100% das embalagens de cartão e plástico que usamos”.

“São 220 mil toneladas que têm assim uma segunda vida nas nossas lojas, em forma de sacos de compras ou caixas de leite”, explica aquela responsável.

Recorde-se que o ‘Sistema de Gestão Ambiental’ da empresa “promove uma logística sustentável, maior eficiência energética, a gestão responsável dos resíduos, a produção sustentável e, obviamente, a redução do plástico”.

“A Mercadona é, desde 2009, membro do Fórum Europeu de Distribuição para a Sustentabilidade (REAP), um organismo copresidido pela Comissão Europeia, no qual todos os participantes são auditados periódica e externamente em matéria de sustentabilidade. Além disso, desde 2011, é membro do Pacto Mundial das Nações Unidas para a defesa dos valores fundamentais em Direitos Humanos, Normas Laborais, Meio Ambiente e Combate à Corrupção”, sublinha o referido comunicado.

Em Portugal, a Mercadona integra o ‘Pacto Português para os Plásticos’, plataforma colaborativa que pretende fomentar a economia circular dos plásticos em Portugal e evitar que estes se transformem em resíduos, iniciativa liderada pela Smart Waste Portugal, da qual a Mercadona também faz parte.

A Mercadona conta atualmente com 16 lojas, nos distritos de Aveiro, Braga e Porto sendo que, até ao final de 2020 abrirá mais quatro lojas, uma delas em Viana do Castelo, a primeira do distrito, terminando 2020 com 20 lojas em território nacional.

A empresa tem estado a concretizar o seu processo de internacionalização, anunciado em junho de 2016.

“Um trabalho que se consolidou durante estes quatro anos graças ao esforço de mais de 900 colaboradores e mais de 300 fornecedores portugueses, aos quais a empresa, só em 2019, comprou 217 milhões de euro” destaca o comunicado em apreço.

Segundo os responsáveis da Mercadona, “em julho de 2019 a empresa abriu a sua primeira loja em Portugal, em Vila Nova de Gaia, tendo-se somado a esta, nesse mesmo ano, mais nove lojas”.

“Nos primeiros seis meses de operação, com apenas dez lojas, a Mercadona obteve uma faturação total superior a 32 milhões de euros e contribuiu para a riqueza do país com o pagamento de 11 milhões de euros em impostos através da sua sociedade portuguesa, Irmãdona Supermercados S.A. A empresa continuou o forte esforço de investimento no desenvolvimento deste projeto, superior a 220 milhões de euros entre 2016 e 2019”, conclui o referido comunicado.

 

 

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