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Mercedes-Benz Classe V. Um escritório de luxo sobre rodas

A Mercedes quis fazer reformas, não daquelas que se fazem nas instituições mas das que se fazem na forma de olhar o automóvel ou mesmo no modelo de condução.
2 Dezembro 2018, 18h00

Falamos de um automóvel porque conduzir uma carrinha Classe V de seis ou oito lugares é incrivelmente semelhante a conduzir um luxuoso Classe S. Para quem ache um exagero, o desafio passa por experienciar a carrinha de luxo e o automóvel topo de gama da marca.

A Mercedes V 220 CDI Avantgarde experimentada leva-nos para um novo nível em termos de MPV. Flexibilidade e conforto são palavras-chave. Flexibilidade porque tanto podemos ver esta “V” no transporte de turistas para um hotel de luxo, como numa função de minibus para mass market. Mas também a podemos adaptar como carrinha profissional de carga, ou então para viagens de famílias numerosas ou ainda adaptada a uma espécie de caravana para quem faz surf ou um outro qualquer desporto radical e precisa de levar tudo. Claro que os quase 69 mil euros de preço do veículo experimentado e que tem cerca de 10 mil euros de extras, não é para lhe dar um uso fora das regras, ou seja, não é para destruir mas sim para desfrutar de forma inteligente.

Por outro lado sublinhamos o conforto. É uma carrinha grande, com a possibilidade do utilizador escolher três medidas de corpo que vão dos 4895 mm aos 5370 mm e embora tenhamos experimentado a versão de passageiros com motorização intermédia, é possível escolher entre três motores e que são a V 200 CDI, a V 220 CDI e a V 250 Bluetec. A resposta do motor testado de 163 cv é muito razoável tendo em conta o peso que desloca e, em velocidade de ponta, facilmente atinge o limite legalmente permitido. O conforto é potenciado pelo sistema eco start-stop que permite economizar no para/arranca mas também uma redução geral do som do motor, a par de uma caixa automática 7G-Tronic Plus, que não vem de série e que custa mais 2.200 euros acrescido de IVA, mas que vale a pena pelo descanso que dá ao condutor. O conforto de um grande depósito de 70 litros para alimentar o motor diesel é de realçar, muito embora o consumo médio anunciado de 5,7 l/100 km tenha de ser acrescentado em 50% para uma condução de um utilizador regular. Com um motor de 4 cilindros em linha e uma motorização de 2143 cm3 capaz de gerar uma potência de 163 cv, este é um veículo com uma velocidade máxima anunciada de 194 km/h com caixa de velocidades manual e uma aceleração dos 0 aos 100 km/h em 11,8 segundos que pode melhorar para os 10,8 segundos com uma caixa automática.

A Classe V Avantgarde experimentada justifica os quase 69 mil euros de preço final tendo em conta alguns pormenores só acessíveis para alguns gostos, tais como o som Burmester e que inclui amplificadores nos bancos traseiros. Este sistema obriga à compra do pack Comand Online com um custo de quase 3 mil euros mais IVA, enquanto quase mil euros permitem adquirir um sistema de parqueamento ativo. Como equipamento de série deste Avantgarde existe alguns pormenores dignos de registo como sejam os estofos em pele Lugano preto, e aqui realçamos que este é um veículo premium adaptado para transporte pessoas que podem ser turistas, famílias ou até colaboradores de empresa. O nível de conforto é total com bancos ajustáveis e capazes de funcionar como escritório ambulante. As soluções de conetividade vêm de série através do MBconnect, enquanto para o motorista o tema da segurança é crucial e daí existir de série o assistente de vento lateral, o assistente de sinais de trânsito, o sensor de chuva ou o sistema “attention assist” com prevenção para potencial colisão, com capacidade de travagem autónoma e retoma posterior da aceleração, a par da capacidade de visualizar tudo que o rodeia a 360 graus com um pack incluído no Comand Online. E, para além da imagem, este pack premium potencia um sistema multimédia de navegação com um nível de qualidade só possível em berlinas de luxo.

Nota: Veículo de teste cedido pela MB Portugal

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