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Merkel assume desaire eleitoral e diz que situação dos migrantes vai mudar

Chanceler afirma que “não se repetirá o afluxo excecional de refugiados de 2015” e repete a ideia de solucionar o assunto no quadro da União Europeia.
  • Leonhard Foeger/Reuters
19 Setembro 2016, 13h56

No rescaldo das eleições regionais em Berlim, contexto em que a CDU voltou a registar péssimo resultado, a chanceler Angela Merkel fez questão de salientar que a questão da migração vai sofrer alterações. “Se a vontade do povo é que não se repita uma situação como a do verão passado em que nos deparámos com uma migração descontrolada e não regulamentada, não há qualquer problema, uma vez que é precisamente para evitar essa repetição que estamos a agir”, afirmou.

Em declarações aos jornalistas, a líder da CDU assegurou que não haverá “um afluxo excecional de refugiados como esse de 2015”, embora reitere a ideia de que não irá fechar a porta aos migrantes islâmicos.

Merkel assumiu os maus resultados eleitorais uma vez mais, discursando ao lado do candidato do partido na capital, Frank Henkel. Apesar de desdramatizar pelo facto de serem eleições locais, a dirigente enfatizou: “Assumo os resultados como líder do partido e como chanceler.” A CDU foi a terceira força mais votada com apenas 17,6% dos votos, resultado que compara com os 23,3% de 2011.

Ao mesmo tempo, deixou uma mensagem dirigida à União Europeia no sentido de que seja revista a situação de migrantes e refugiados no Mediterrâneo. “Eu e a CDU estamos convencidos de que um limite por país para acolher os refugiados não vai resolver o problema, devemos antes rever o tratado de Dublin e enfrentar a situação fora da União Europeia”, lembrando que “os refugiados que chegam a Itália são, sobretudo, de índole económica”. E acentuou: “Não podemos receber todos, devemos intervir para combater as razões que os levam a fugir dos seus países.”

 

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