Angela Merkel não escondeu o desânimo perante os resultados eleitorais deste domingo. Os 32% dos votos surpreenderam a chanceler alemã pela negativa, mas foram suficientes para considerar que as metas estão cumpridas.
“É verdade que esperávamos melhores resultados, mas também não nos podemos esquecer de que temos uma legislatura muito desafiante no passado, congratulo-me por termos alcançado os nossos objetivos”, afirmou, esta tarde, na cidade de Berlim.
A líder da União Democrata-Cristã (CDU) agradeceu aos eleitores que lhe deram “confiança”, aos militantes e aos jovens e destacou a subida da extrema-direita no país. “Foi uma grande alegria realizar esta campanha convosco. (…) Sem nós nenhum governo pode ser formado”, disse, minutos depois de Martin Schulz ter posto fim à coligação.
“Temos esta ameaça da extrema-direita, que entra no Parlamento. Temos de fazer uma análise detalhada, porque queremos recuperar os votantes do Alternativa para a Alemanha (AfD) ao tratar as suas preocupações e os seus medos, mas, sobretudo, ao fazer política”, assinalou Angela Merkel, a propósito dos mais de 13% conquistados pelo partido fundado por Alexander Gauland, Bernd Lucke, Konrad Adam, Gerd Robanus.
A (pouco) vitoriosa Angela Merkel não esqueceu os temas que têm marcado a atualidade europeia, como a imigração e a segurança interna. A chanceler quer colocar o assunto na agenda política alemã e encontrar vias legais para incluir os imigrantes.
“Após 12 anos no governo, não é evidente que conseguimos ser outra vez a maior força?”, realçou a dirigente alemã, perante os seus apoiantes. “Hoje, para já, podemos afirmar que temos a tarefa de assumir esta responsabilidade e vamos fazê-lo com tranquilidade”, concluiu.
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