Os serviços automatizados através de Inteligência Artificial (IA) são dos mais procurados pelas empresas do sector, que vislumbram efeitos positivos desta tecnologia no crescimento do negócio. Cerca de metade (51%) dos distribuidores de Tecnologia de Informação (TI) em Portugal consideram que essa é uma das fontes de receita que mais interessam aos seus clientes.
A mesma percentagem (51%) está até a trabalhar ativamente para incorporar competências relacionadas com os seus próprios modelos de trabalho, de acordo com o estudo “Partnering for Success: State of the IT Channel Ecosystem” (“Parceria para o Sucesso: Estado do Ecossistema de Canais de TI”), divulgado esta terça-feira pela Sage.
Aliás, esses inquiridos acreditam que a tendência de mercado continuará a ser essa no próximo ano, segundo a análise da Sage, que envolveu inquéritos a 1.700 operadores do sector tecnológico, incluindo 100 em Portugal e os restantes em mais oito países (Reino Unido, Estados Unidos, França, Alemanha, Espanha, África do Sul, Canadá e Austrália).
Mais de quatro em cada dez participantes de Portugal (41%) diz mesmo que a IA e os serviços automatizados são vitais para o crescimento dos seus próprios negócios, em comparação com o terço registado a nível global (33%). No entanto, as tensões geopolíticas são uma preocupação para a indústria, uma vez que 52% se mostra receoso com esse impacto – bem como o da inflação e aumento do custo de vida (50%) – no seu negócio e na inovação digital no longo prazo.
Apesar disso, “os players do canal de TI estão a investir na qualificação da sua força de trabalho”, dado que “51% dos parceiros nacionais estão a contratar ativamente funcionários com competências em IA e machine learning” e “58% dos gestores de canal em Portugal adicionaram mais recursos em AI, automação e machine learning, 37% adotaram o e-commerce e recursos de pagamento flexível”, na visão dos especialistas da empresa britânica de software.
O relatório da Sage, realizado com a empresa de estudos de mercado Danebury Research entre os dias 4 e 19 de abril de 2023, concluiu ainda que quase 80% das TI nacionais pretendem investir na sustentabilidade e mantém-se interessadas nas soluções de cibersegurança (33%) e aplicações cloud e SaaS (30%) para melhoria dos negócios.
“O poder da IA é central para esta jornada transformadora, particularmente a IA generativa, como um acelerador crítico. Essa onda de avanços da IA continua a exigir julgamento, experiência e orientação, portanto, os melhores resultados virão de humanos e tecnologia a trabalhar em conjunto. É essa abordagem que levará as empresas a novos níveis de produtividade, inovação e foco no cliente, criando, subsequentemente, um poderoso catalisador para o sucesso”, comentou Eduardo Rosini, vice-presidente executivo de Parceiros e Alianças da Sage.