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Metade dos distribuidores de tecnologia acham algoritmos das melhores fontes de receita

Estudo da Sage e da Danebury Research concluiu ainda que mais de quatro em cada dez empresas do sector de Portugal considera a Inteligência Artificial e os serviços automatizados vitais para o crescimento dos seus próprios negócios, em comparação com o terço registado a nível global (33%).
23 Maio 2023, 11h33

Os serviços automatizados através de Inteligência Artificial (IA) são dos mais procurados pelas empresas do sector, que vislumbram efeitos positivos desta tecnologia no crescimento do negócio. Cerca de metade (51%) dos distribuidores de Tecnologia de Informação (TI) em Portugal consideram que essa é uma das fontes de receita que mais interessam aos seus clientes.

A mesma percentagem (51%) está até a trabalhar ativamente para incorporar competências relacionadas com os seus próprios modelos de trabalho, de acordo com o estudo “Partnering for Success: State of the IT Channel Ecosystem” (“Parceria para o Sucesso: Estado do Ecossistema de Canais de TI”), divulgado esta terça-feira pela Sage.

Aliás, esses inquiridos acreditam que a tendência de mercado continuará a ser essa no próximo ano, segundo a análise da Sage, que envolveu inquéritos a 1.700 operadores do sector tecnológico, incluindo 100 em Portugal e os restantes em mais oito países (Reino Unido, Estados Unidos, França, Alemanha, Espanha, África do Sul, Canadá e Austrália).

Mais de quatro em cada dez participantes de Portugal (41%) diz mesmo que a IA e os serviços automatizados são vitais para o crescimento dos seus próprios negócios, em comparação com o terço registado a nível global (33%). No entanto, as tensões geopolíticas são uma preocupação para a indústria, uma vez que 52% se mostra receoso com esse impacto – bem como o da inflação e aumento do custo de vida (50%) – no seu negócio e na inovação digital no longo prazo.

Apesar disso, “os players do canal de TI estão a investir na qualificação da sua força de trabalho”, dado que “51% dos parceiros nacionais estão a contratar ativamente funcionários com competências em IA e machine learning” e “58% dos gestores de canal em Portugal adicionaram mais recursos em AI, automação e machine learning, 37% adotaram o e-commerce e recursos de pagamento flexível”, na visão dos especialistas da empresa britânica de software.

O relatório da Sage, realizado com a empresa de estudos de mercado Danebury Research entre os dias 4 e 19 de abril de 2023, concluiu ainda que quase 80% das TI nacionais pretendem investir na sustentabilidade e mantém-se interessadas nas soluções de cibersegurança (33%) e aplicações cloud e SaaS (30%) para melhoria dos negócios.

“O poder da IA é central para esta jornada transformadora, particularmente a IA generativa, como um acelerador crítico. Essa onda de avanços da IA continua a exigir julgamento, experiência e orientação, portanto, os melhores resultados virão de humanos e tecnologia a trabalhar em conjunto. É essa abordagem que levará as empresas a novos níveis de produtividade, inovação e foco no cliente, criando, subsequentemente, um poderoso catalisador para o sucesso”, comentou Eduardo Rosini, vice-presidente executivo de Parceiros e Alianças da Sage.

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