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Metade dos portugueses não tem dúvidas: o seu próximo carro vai ser elétrico ou híbrido

Entre as conclusões do estudo da ACAP, destaca-se também o preço que os portugueses estão dispostos a pagar, no máximo, pelas viaturas elétricas — 35 mil euros.
26 Maio 2022, 21h30

A eletrificação do sector automóvel seguem a toda a velocidade e, prova disso, é a estimativa de que em 2025, 12,6% dos automóveis ligeiros em Portugal já correspondam a modelos elétricos ou híbridos. A confirmar a tendência, metade dos portugueses afirma que o seu próximo carro será híbrido ou elétrico, segundo o estudo ‘As redes de retalho automóvel em Portugal’, conduzido pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP).

Os dados do estudo foram obtidos no âmbito de um inquérito realizado junto dos consumidores nacionais e elaborado por uma equipa de investigadores do Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa (ISEG). A principal conclusão é de que a aposta em soluções de mobilidade mais verde e em tecnologia são cada vez mais uma tendência à qual as marcas e concessionários não podem ficar indiferentes.

Entre as conclusões do estudo da ACAP, destaca-se também o preço que os portugueses estão dispostos a pagar, no máximo, pelas viaturas elétricas — 35 mil euros. Por sua vez, a totalidade dos consumidores incluídos na amostra, revela disponibilidade para pagar um acréscimo de preço, de forma a poder usufruir de tecnologia adicional (conectividade, condução autónoma e entretenimento).

Num cenário mais favorável à electrificação, o parque automóvel de veículos de passageiros ligeiros deverá, em 2025, ser composto por 12,6% de veículos eléctricos e híbridos e por 87,4% de congéneres movidos a gasolina e a gasóleo. Apesar da tendência crescente, e de os veículos híbridos e eléctricos representarem mais de 50% das vendas de novos veículos ligeiros de passageiros em 2025, a ACAP estima que a substituição do parque automóvel acontecerá a “um ritmo muito lento”.

“Refira-se, aqui, que as vendas anuais rondam as 200 mil viaturas, mas a dimensão do parque já ultrapassa os 5,2 milhões de viaturas. Neste ponto, é importante focar que a idade média do parque de veículos ligeiros de passageiros, em Portugal, já em 2020 se situava em 12,8 anos, muito acima dos números da média europeia ou da Áustria e Reino Unido (que ronda os oito anos)”, lê-se no relatório da ACAP.

No entanto, nem tudo são vantagens para quem vive em Portugal. Comparativamente a Espanha e Reino Unido, Portugal é o país com maiores encargos no registo automóvel ou no que se refere ao total de impostos indiretos no primeiro ano de consumo automóvel.

 

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