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Miguel Pinto Luz vê PSD a “deixar de ser a força liderante do centro-direita”

O vice-presidente da Câmara de Cascais reagiu com alarme à forte subida do Chega e da Iniciativa Liberal nas intenções de voto, revelada no barómetro da Intercampus relativo a junho.
21 Junho 2021, 18h20

O vice-presidente da Câmara de Cascais, Miguel Pinto Luz, reagiu com alarme à forte subida do Chega e da Iniciativa Liberal nas intenções de voto, revelada no barómetro da Intercampus relativo a junho. Para um dos candidatos que disputaram a liderança social-democrata com Rui Rio nas eleições diretas de 2020, fica patente a “preocupante perspetiva” de o PSD “estar a deixar de ser a força liderante do centro-direita em Portugal”.

O barómetro da Intercampus mostra o PS em quebra, baixando de 37,9% para 34,6%, mas ainda assim continua a ter uma vantagem sobre o PSD superior a 12 pontos percentuais. Os sociais-democratas subiram de 21,7% para 22,4%, mas tiveram uma das contribuições mais modestas para os quase cinco pontos percentuais conquistados pela direita e centro-direita entre maio e junho: o Chega atingiu 10,1% (mais 1,8 pontos percentuais, ultrapassando o Bloco de Esquerda enquanto terceira força partidária), a Iniciativa Liberal ficou em 6,4% (mais 2,2 pontos, ficando pela primeira vez à frente da CDU) e mesmo o CDS-PP passou de 2,9% para 3,1%.

Para Miguel Pinto Luz, que comentou esses números na sua conta de Facebook, o facto de o Chega e a Iniciativa Liberal somarem 16,5%, a menos de seis pontos percentuais do seu partido, torna-se ainda mais preocupante juntando as intenções de voto no CDS-PP, pois o PSD “já vale quase tanto como a restante direita toda junta”.

“Este não pode ser o caminho, não nos podemos conformar”, conclui o vice-presidente da Câmara de Cascais e ex-líder da distrital lisboeta do PSD, que tem sido um dos principais críticos de Rui Rio. Há duas semanas, numa entrevista ao Jornal Económico, Miguel Pinto Luz acusou o atual presidente do partido de o estar a transformar num “clone do PS”.

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