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Miguel Stilwell d’Andrade foi o gestor mais mediático e com avaliação mais favorável

Análise feita pela Carma Portugal aos dez gestores portugueses com maior volume de notícias nos primeiros nove meses de 2021 também destaca liderança da TAP.
29 Novembro 2021, 07h30

O presidente-executivo da EDP foi o líder das maiores empresas portuguesas com maior visibilidade e favorabilidade mais elevada este ano, segundo o CEO Media Report Portugal 2021, produzido pela Carma Portugal.

A análise, a que o Jornal Económico teve acesso e que será divulgada esta segunda-feira, 29 de novembro, baseia-se em resultados recolhidos entre 1 de janeiro e 30 de setembro de 2021, através da análise a 3.555 notícias publicadas na imprensa e online.

O presidente-executivo da EDP, Miguel Stilwell d’Andrade, foi o gestor das 100 maiores empresas portuguesas com maior volume de artigos publicados, no período em análise, totalizando 618 referências.

Stilwell d’Andrade foi eleito presidente-executivo da empresa do sector da energia em janeiro, substituindo no cargo António Mexia, que foi o CEO mais referenciado na comunicação social, no estudo da Carma de 2020, mas também aquele que, entre os dez gestores com maior volume de notícias, obteve a pior favorabilidade.

A eleição como CEO da EDP e a apresentação do novo plano estratégico da empresa, assim como o processo de venda de seis barragens aos franceses da Engie explicam a visibilidade do gestor.

O segundo gestor com maior volume de artigos publicados é Ramiro Sequeira, que foi CEO interior da TAP – por 10 meses, até junho de 2021 – e que que integra o conselho de administração da transportadora aérea, com o pelouro operacional, tendo contabilizadas 535 notícias.

O terceiro lugar desta lista cabe à atual presidente da TAP, Christine Ourmières-Widener, que substituiu Ramiro Sequeira na liderança da transportadora aérea portuguesa. É referenciada em 286 notícias.

O processo de reestruturação da TAP, a definição do seu conselho de administração e o processo de insolvência da Groundforce justificam a visibilidade dos dois gestores.

Segundo a Carma Portugal, o volume total de notícias dos dez CEO mais mediáticos 2021 subiu relativamente a 2020.

A lista dos gestores mais referenciados inclui, ainda, Andy Brown, que foi nomeado presidente-executivo da Galp Energia em fevereiro; Cláudia Azevedo, líder do grupo Sonae; João Bento, presidente-executivo dos CTT; Alexandre Fonseca, presidente-executivo da Altice Portugal; Nuno Freitas, que foi presidente da CP  até ao final de setembro; e Pedro Soares dos Santos, presidente do grupo Jerónimo Martins.

Carlos Tavares, o gestor português que é presidente do grupo automóvel Stellantis, que junta a PSA e a Fiat Chrysler, também surge referenciado, apesar de não ter atividade em Portugal.

Stilwell d’Andrade com a melhor avaliação

Miguel Stilwell d’Andrade é, também, o gestor com uma avaliação mais favorável nos artigos publicados, na análise feita pela Carma Portugal, com base na metodologia de análise de reputação do Institute for Public Relations. Stilwell d’Andrade obtém uma classificação de 61,4 pontos, superando o CEO da Galp em 0,6 pontos.

Na lista de 2020, o presidente-executivo da EDP aparecia na quarta posição, com 64 pontos.

A seguir na lista, surgem Nuno Freitas, com 57,1 pontos; Cláudia Azevedo, com 57 pontos; e Alexandre Fonseca, 56,6 pontos.

Na lista de 2020, o líder da Altice Portugal tinha sido o gestor com maior favorabilidade, entre os dez mais referenciados pela comunicação social impressa e online. Este ano, o processo de reestruturação da Altice Portugal e a participação no leilão para a atribuição de licenças para a quinta geração de comunicações móveis (5G) deram visibilidade à atividade deste gestor, com o número de referências noticiosas a manter-se, mas com a favorabilidade a cair 11,6 pontos.

Segundo a Carma, o maior valor registado no índice de favorabilidade baixou relativamente a 2020, enquanto o menor valor subiu, “o que se traduz numa redução do intervalo entre mínimo e máximo neste índice”.

Todos os CEO apresentam favorabilidade positiva, acima de 50 pontos, enquanto na análise de 2020 dois gestores registavam valores inferiores aquela fasquia.

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