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Ministério das Finanças diz que “emissão de hoje comprova a confiança dos investidores”

“A nova emissão a 20 anos foi feita a uma taxa de 1,185% (reoffer yield), estando o diferencial de preço a pagar pela República, comparativamente com a Alemanha, em mínimos históricos”, refere o gabinete de João Leão.
12 Janeiro 2022, 16h37

O Ministério das Finanças veio dizer em comunicado que a primeira emissão de dívida de 2022 “reafirma a confiança dos investidores nas políticas do Governo”.

O Ministério liderado por João Leão falava da primeira grande emissão de obrigações do tesouro (OT) do ano através de um sindicato bancário.

“Deu-se início ao Programa de Financiamento da República para 2022 através de uma emissão de longo-prazo, tendo sido aberto um novo benchmark a 20 anos (abril de 2042)”, refere o Governo.

O ministério lembra que “é a primeira emissão num contexto de progressiva normalização da política monetária após a decisão do Banco Central Europeu de terminar o programa PEPP (Pandemic Emergency Purchase Programme) e a consequente subida generalizada de taxas de juro na Europa. Ainda assim, a nova emissão a 20 anos foi feita a uma taxa de 1,185% (reoffer yield), estando o diferencial de preço a pagar pela República, comparativamente com a Alemanha, em mínimos históricos”.

O gabinete de João Leão realça ainda a “elevada procura pelas novas obrigações e a apetência por dívida pública portuguesa evidencia-se também pela dimensão do livro de ordens, que atingiu um montante de 20 mil milhões de euros, ou seja, cerca de sete vezes superior à oferta de 3 mil milhões de euros”.

O Executivo socialista diz ainda que esta “emissão de longo-prazo permite dar continuidade ao trabalho dos últimos anos, onde se destaca o período da pandemia, em que se aproveitou as boas condições de financiamento e as taxas de juro baixas para aumentar maturidades”.

“Com efeito, em 2021, a nova dívida emitida pela República atingiu uma maturidade média de 14 anos, superior à maturidade da maioria dos países da zona euro e, mesmo assim, com um custo mais baixo do que a dívida dos principais Estados soberanos comparáveis”, frisa o Ministério das Finanças

A maturidade desta nova dívida emitida pela República foi muito superior à maturidade média do stock da dívida direta do Estado que é de cerca de 8 anos e tem um custo de 2,0%.

“É de salientar que, apesar da pandemia, a emissão de hoje comprova a confiança que os investidores depositam em Portugal, evidenciando um pleno acesso aos mercados financeiros, em condições historicamente favoráveis. O sucesso de hoje comprova também o trabalho e a política económica e financeira que Portugal tem conseguido executar no atual contexto”, conclui as Finanças.

Portugal mandatou um sindicato bancário para lançar uma emissão de dívida a 20 anos. O sindicato é composto pelo BNP Paribas, Credit Agricole CIB, Morgan Stanley, J.P. Morgan, Nomura e NovoBanco como ‘Joint Lead Managers’ (bancos responsáveis pela operação).

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