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Ministério Público alemão investiga chefe-executivo da Deutsche Börse

O chefe-executivo da Deutsche Börse comprou ações da própria bolsa dois meses antes de apresentar os planos da fusão com a bolsa de valores de Londres.
2 Fevereiro 2017, 17h22

O escritório de Carsten Kengeter foi invadido pelo Ministério Público alemão. Dois meses antes de anunciar as negociações sobre a fusão com a London Stock Exchange, o CEO da Deutsche Börse comprou 60 mil ações da própria bolsa no valor de 4.5 milhões de euros. A compra foi efetuada no dia 14 de dezembro de 2015.

Os promotores afirmam estar “no conhecimento das negociações dos contratos anteriormente inéditas, que o Ministério Público considera informações privilegiadas”, tornando Kengeter suspeito relativamente à fusão planeada de 21 mil milhões de libras (24.548 mil milhões de euros) com a bolsa de valores de Londres.

O promotor refere que as discussões sobre o tema da fusão já vinham a decorrer desde o verão de 2015. No entanto, a empresa nega, alegando que só um mês depois da compra das ações, em meados de janeiro, é que as negociações surgiram.

“A busca visa esclarecer o curso das negociações até 23 de Fevereiro de 2016”, afirmou o promotor, relativamente à data em que as negociações foram divulgadas.

Mas Joachim Faber, presidente do conselho de supervisão da Deutsche Börse, rejeitou as alegações. “As alegações não têm fundamento. Carsten Kengeter comprou as ações de acordo com um programa de compensação limitado a dezembro de 2015 e acordado pelo Conselho Fiscal”, declarou Faber, citado pelo Telegraph.

Ambas as bolsas estão à espera das aprovações da fusão, cujo prazo final é junho deste ano.

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