A ministra da Saúde, Marta Temido, anunciou esta segunda-feira que vai ser posto em prática “um plano de contingência” entre junho e setembro para procurar resolver a falta de médicos nas urgências hospitalares do país.
Marta Temido falava após um dia de reuniões com diretores clínicos de vários hospitais da região de Lisboa, e depois com sindicatos e a Ordem dos Médicos sobre a “instabilidade do funcionamento” destes serviços.
A curto prazo, disse a ministra, o Governo vai avançar com “um plano de contingência nos meses de junho, julho, agosto e setembro, com funcionamento mais articulado, antecipado e organizado das urgências em rede, do Serviço Nacional de Saúde”.
A falta de médicos em vários hospitais do país tem levado nos últimos dias ao encerramento de urgências de obstetrícia, ou a pedidos aos centros de orientação de doentes urgentes (CODU) de reencaminhamento de utentes para outros hospitais.
Nas declarações aos jornalistas, a ministra da Saúde falou ainda na abertura de contratações de especialistas, nomeadamente com a abertura de um concurso, e na “precaução das questões remuneratórias”, além do “apoio a quem está no terreno e às lideranças” dos hospitais.
São os CODU, do Instituto Nacional de Emergência Mécia (INEM), que recebem as chamadas do 112 relacionadas com emergências em saúde, gerindo depois os meios necessários para a resposta aos utentes.
No início da tarde, e a partir de Londres, onde se encontrou com o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, António Costa já havia revelado que o Governo estava a preparar uma abordagem ao problema.
Esta segunda-feira, “estão a decorrer várias reuniões de trabalho no Ministério da Saúde para responder a esses problemas. O Governo está a trabalhar”, respondeu o líder do executivo, não tendo adiantado mais nada sobre esta questão.
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