O ministro das Finanças alemão, Christian Lindner, defende que o prolongamento da suspensão das regras orçamentais – que a Comissão Europeia deverá propor aos Estados-membros esta segunda-feira – não pode servir como motivo para os países do bloco comunitário manterem as políticas mais relaxadas quanto aos gastos públicos, avança o Financial Times este domingo.
“O facto de os Estados Membros poderem divergir do Pacto de Estabilidade e Crescimento não significa que devem fazê-lo”, sublinhou o responsável alemão, em declarações ao referido jornal.
Convém explicar que desde 2020 que as regras orçamentais estão suspensas na União Europeia e a Comissão Europeia quer que continuem durante mais um ano, isto é, até 2023, por causa do impacto económico e orçamental da invasão da Ucrânia pela Rússia e da consequente aceleração da taxa de inflação.
Ainda assim, o ministro das Finanças alemão já apelou a que se trilhe um caminho de redução da dívida pública, apesar da atual conjuntura económica, e sinalizou, indiretamente, que os países da União Europeia devem seguir o exemplo alemão. Ao Financial Times, Christian Lindner explicou, deste modo, que a Alemanha não vai “tirar partido” do prolongamento da suspensão das regras orçamentais, apostando, antes, no controlo da dúvida.
Aliás, o ministro em causa deixou o aviso de que a suspensão dessas regras não deve ser entendida nem como um precedente, nem como um prelúdio para uma eventual mudanças das regras orçamentais do bloco comunitário.
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