O ministro da Economia alemão, Sigmar Gabriel, discorda da posição do seu colega das Finanças, Wolfgang Schäuble, que recusou a proposta apresentada pela Grécia para um prolongamento da assistência financeira ao país.
“Estou a favor de não nos precipitarmos na hora de dizer sim ou não. O meu conselho é falar”, declarou o titular da Economia e líder do Partido Social-Democrata alemão (SPD), que integra a coligação de governo liderada pela chanceler democrata-cristã Angela Merkel.
Gabriel, que falava durante uma visita a um instituto em Potsdam, considerou que o facto de a Grécia aceitar agora a necessidade de um programa é um primeiro passo.
“Seja o que for que o governo grego queira mudar, tem de financiá-lo”, afirmou.
Pouco antes, os ‘media’ alemães já tinham indicado, citando fontes do Ministério da Economia, que Gabriel considerava que a “proposta grega no papel para negociar a extensão do programa de reformas é um primeiro passo na direção certa”.
Segundo essas fontes, o líder social-democrata recomendou que se aproveite “esta nova atitude do governo grego como ponto de partida para as negociações” em vez de “a rejeitar antecipadamente e em público”.
A opinião de Gabriel, vice-chanceler do governo, foi divulgada depois de o Ministério das Finanças ter afirmado em comunicado que o pedido do governo grego para prolongar por seis meses a assistência financeira ao país não cumpre as exigências da zona euro.
“A carta proveniente de Atenas não é uma proposta substancial para uma solução”, disse o porta-voz do ministério, Martin Jäger, no comunicado.
OJE/Lusa