O atual ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, detém uma sociedade imobiliária com o sócio Almeida Lagoa, que já foi condenado por fraude fiscal, revela a “CNN Portugal”. Outro sócio da empresa, Silva Barão, esteve envolvido num negócio que lesou o fundo de resolução do Novo Banco em 260 milhões de euros.
Gomes Cravinho detém mil euros na sociedade Eurolocarno e Almeida Lagoa uma quota de 500 euros na mesma empresa. O ministro tornou-se sócio em novembro de 2020.
A “CNN Portugal” adianta que o negócio de Silva Barão envolveu a venda de 13 mil imóveis a um fundo anónimo, com o banco a denominar o negócio como “Portfólio Viriato”. Estes imóveis – casas e terrenos – foram vendidos por 364 milhões de euros, um valor muito abaixo do que tinham sido avaliados, uma vez que valiam 613 milhões.
Por sua vez, o nome de Marcos de Almeida Lagoa está envolvido no processo dos CTT, sendo um dos onze arguidos no caso, julgado por crimes económicos que terão causado um prejuízo de 13,5 milhões à empresa.
À publicação, o ministro apontou não ter conhecimento de problemas judiciais que envolvam os seus sócios, sendo que a empresa “nunca teve qualquer problema com a justiça, tendo a sua situação judicial e fiscal regularizadas”.