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Ministro reconhece situação “complexa e difícil” dos trabalhadores da TAP, mas “plano de reestruturação agressivo é necessário”

Pedro Nuno Santos aproveitou para esclarecer que a situação da TAP não destoa das restantes companhias europeias, justificando novamente a importância estratégica da empresa para a economia e tecido empresarial nacional.
  • Mário Cruz/LUSA
23 Abril 2021, 20h37

Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas, reconhece que a situação dos trabalhadores da TAP é “extremamente complexa e difícil”, dada a necessidade de um “plano de reestruturação agressivo” que, para salvar a empresa, obrigará a significativos cortes de pessoal. O ministro falou esta sexta-feira no Jornal da Noite da SIC, onde prometeu para as próximas semanas o anúncio dos órgãos sociais da companhia aérea.

Garantindo que tem acompanhado de perto a situação dos despedimentos coletivos no grupo, Pedro Nuno Santos admite que a situação não é fácil, mas a urgência nas medidas é justificada pela situação da companhia, que se encontra “entre a espada e a parede”.

O ministro das Infraestruturas aproveitou ainda para sublinhar que, apesar dos programas de despedimento coletivo e das denúncias de pressões para que os trabalhadores acedam voluntariamente aos mesmos, o Governo quer reduzir ao máximo a necessidade de despedimentos.

Pedro Nuno Santos destacou ainda as cerca de 6.600 cartas de conforto que foram enviadas a colaboradores da TAP garantindo que o seu posto de trabalho não estaria em risco.

Adicionalmente, e em resposta às declarações do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) de que os trabalhadores de terra estariam a ser especialmente visados pelos processos de despedimento, o responsável pela pasta dos transportes garantiu que a situação “é transversal a todas as áreas”.

“Cada área quer defender e preservar os seus postos, é natural”, argumentou.

Questionado ainda sobre quem assumirá os órgãos sociais da companhia, o ministro garante que estes serão conhecidos nas próximas semanas, sublinhando a “opção de início de ter uma equipa para desenhar o plano e outra” para o concretizar.

O ministro esclareceu ainda que “não há nenhuma particularidade” no caso da TAP no panorama da aviação europeia, dando exemplos de várias companhias que acumularam prejuízos desde que começou a pandemia, como a Lufthansa.

“Sabemos que é um plano de reestruturação agressivo, mas é o necessário para salvar uma companhia estratégica para o país”, apontou o ministro, que vê na TAP uma “empresa fundamental para a sobrevivência e para o negócio de milhares de empresas em Portugal”.

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