O ministro dos Negócios Estrangeiros japonês disse ao homólogo chinês que a relação entre os dois países “enfrenta grandes desafios”, face à crescente “assertividade militar” de Pequim na região.
A primeira conversa entre Yoshimasa Hayashi e Qin Gang, na quinta-feira, durou cerca de 50 minutos, indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros japonês, em comunicado.
“As relações Japão-China enfrentam muitos desafios e inquietações. A opinião pública no Japão em relação à China piorou drasticamente”, descreveu Hayashi ao homólogo chinês, apontando a preocupação com as atividades militares “cada vez mais ativas” da China perto do território nipónico.
Hayashi referiu-se, em particular, à coordenação política e militar entre China e Rússia, e às lhas Senkaku (designadas Diaoyu pelos chineses), cuja soberania é reivindicada por Pequim e Tóquio.
O governante japonês disse que gostaria de cooperar com Qin Gang para desenvolver uma “relação construtiva e estável”, especialmente nas áreas da economia verde, cuidados de saúde e intercâmbio entre pessoas, de acordo com o comunicado.
Os dois ministros trocaram pontos de vista sobre a situação na Ucrânia e confirmaram uma “cooperação estreita e contínua” na questão da Coreia do Norte, concordando em “manter uma comunicação próxima a todos os níveis”.