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MNE russo diz que proposta da ONU de desmilitarizar Zaporizhzhia é “inaceitável”

A central nuclear de Zaporizhzhia foi capturada pela Rússia em março, poucos dias após a entrada de dezenas de milhares de tropas na Ucrânia. 
18 Agosto 2022, 18h30

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Federação Rusa rejeitou hoje, quinta-feira, uma proposta do Secretário-Geral da ONU de desmilitarizar a área em redor da central nuclear de Zaporizhzhia, controlada pela Rússia desde março, segundo a “Reuters”.

Em conferência de imprensa, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Ivan Nechaev, afirmou que considera as propostas “inaceitáveis”.

A central nuclear de Zaporizhzhia foi capturada pela Rússia em março, poucos dias após a entrada de dezenas de milhares de tropas na Ucrânia.

A instalação permanece perto das linhas de frente, e tem estado debaixo de fogo nas últimas semanas, provocando receios na comunidade internacional de um desastre nuclear.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, apelou ontem à retirada das forças russas da central nuclear, aludindo aos “riscos” que a respetiva presença representava para a segurança do local.

Tanto a Ucrânia como a Rússia acusaram-se mutuamente de bombardear a central.

Kiev considera que a situação naquela que é a maior central nuclear da Europa, em Zaporizhzhia, no sudeste da Ucrânia, está a ficar crítica.

“É impossível garantir a segurança da central nuclear enquanto as forças de ocupação russas estiverem lá”, diz Denys Monastyrskyy, ministro do Interior da Ucrânia, citado pela “BBC”.

As autoridades acreditam dizem que a atividade da central pode ser cessada à medida que Moscovo tenta redirecionar a eletricidade para a Crimeia, que anexou há oito anos.

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, vai reunir-se hoje com o presidente ucraniano e com o presidente turco Recep Tayyip Erdogan em Lviv, onde vão discutir esta questão.

Há dois dias, quando anunciou a viagem, o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, explicou que o encontro serviria para discutir a situação da central nuclear de Zaporizhzhia, além de encontrar uma solução política para o conflito com a Rússia.

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