Thalita do Valle, modelo e ativista das causas animais, estava a combater contra as forças russas em Khakiv, na Ucrânia, quando morreu na sequência de ataques com mísseis e disparos de drones. Estava acompanhada pelo coronel Douglas Búrigo, também ele brasileiro, e outros dois combatentes, um dos quais relatou a situação, em declarações ao portal brasileiro “UOL”.
“Num dos intervalos [dos bombardeamentos em série], saímos do bunker e corremos. Mas, por causa do fogo, a Thalita não saiu. O Douglas voltou para ajudar e não conseguiu sair mais”, lembra.
Thalita, de 39 anos, já tinha experiência em situação de conflitos armados. Quando já tinha cursos de tiro e de socorrista, lutou contra o Estado Islâmico no Iraque, curdistão iraquiano e curdistão sírio.
Ali recebeu treino de atiradora de elite, para integrar os ‘pershmerga’, termo usado pelos curdos para se referirem aos membros do seu exército. Naquele ambiente chegou a registar testemunhos em vídeos que publicava no seu canal de Youtube.
“Ela recebeu treinamento e fez os cursos necessários para ir para a linha de frente. Mas, ao entrar no exército curdo, se especializou em tiros de precisão, com armas longas. A Thalita era do exército feminino e integrava uma linha de frente com atiradoras de elite”, lembrou o seu irmão, Théo Rodrigo Vieira, quando falou ao mesmo portal.
Voltando atrás, Thalita cresceu em São Paulo, no Brasil. Na infância participou em peças de teatro e mais tarde tornar-se-ia atriz. Entretanto, aos 18 anos começou a trabalhar como modelo fotográfica. Estudou direito e esteve envolvida em campanhas de defesa dos direitos dos animais e participou em vários resgates, como foi o caso da na tragédia de Brumadinho (Minas Gerais), que fez 270 mortes em janeiro de 2019.
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