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Moderna quer lançar vacina única contra Covid-19 e gripe em dois anos

O objetivo seria ter a combinação pronta a administrar a tempo das infeções respiratórias de 2023. O anúncio surge numa altura em que a vacina contra a variante Omicron está em desenvolvimento.
  • Dado Ruvic/Reuters
17 Janeiro 2022, 18h29

A Moderna pretende lançar uma única vacina de reforço que protegerá contra a Covid-19 e a gripe dentro de dois anos, de modo a estar pronta para o inverno de 2023, disse hoje o presidente-executivo da empresa, Stéphane Bancel. A vacina combinada deverá ainda proteger contra o comum vírus sincicial respiratório (VSR).

“O nosso objetivo é poder ter um único reforço anual para que não tenhamos problemas de conformidade onde as pessoas não queiram tomar duas ou três doses por inverno”, cita o “The Guardian”, esta segunda-feira, as declarações de Bancel no Fórum Económico Mundial em Davos.

Segundo o jornal britânico, Bancel já tinha dito que noutra ocasião que as pessoas podem precisar de uma quarta dose de vacinas neste outono, já que a proteção, mesmo das doses de reforço, diminui nos meses seguintes.

Este mês, Israel tornou-se o primeiro país do mundo a oferecer uma quarta dose da vacina contra a Covid-19 para pessoas com 60 anos ou mais.

Bancel afirmou também que a vacina específica para a variante Omicron, está em fases finais de desenvolvimento. “Deve estar em desenvolvimento clínico nas próximas semanas. Esperamos que, em março, possamos ter dados para compartilhar com os reguladores para descobrir os próximos passos”, esclareceu.

Este mês, o executivo-chefe da Moderna no Reino Unido Darius Hughes disse que obter uma combinação de vacina contra gripe e Covid estar disponível até o inverno de 2023 seria um “esticão”, de acordo com o “The Guardian”.

“A nossa prioridade número um para 2022, depois de obter a vacina certa para a variante Omicron, é tentar impulsionar os nossos programas de gripe e VSR para ver se podemos obter uma vacina respiratória combinada de dose única”, disse ele. “O benefício para o NHS [Serviço Nacional de Saúde britânico],para todos os serviços de vacinação e, em última análise, para todos os pacientes, pensamos, será enorme”.

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