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Moedas da América Latina afundam para mínimos de 26 anos

O Banco Central da República da Argentina anunciou um aumento dos juros de referência, devido à forte depreciação do peso argentino, que já perdeu mais de metade do valor face ao dólar, este ano. A reação foi de queda ainda maior e o contágio atingiu as pares.
30 Agosto 2018, 17h22

O peso argentino desvaloriza mais de 21% contra o dólar norte-americano, para mínimos históricos após o Banco Central da República da Argentina (BCRA) ter anunciado uma subida das taxas de juro de referência do país para 60%, dos anteriores 45%. O tombo está a arrastar as pares da América Latina, que caíram para mínimos dos últimos 26 anos.

O índice de moedas da América Latina da “Bloomberg” cai 3,5% para o valor mais baixo desde 1992 e acumula uma perda de 15% desde o início do ano.

“Estas moedas estão a afetar todos os mercados emergentes”, afirmou Shamaila Khan, responsável pelo setor de dívida de mercados emergentes da AllianceBernstein, em declarações à agência. “Continuar a haver volatilidade em torno das notícias que sejam conhecidas e hoje é um desses dias negativos”, acrescentou.

O BCRA anunciou esta quinta-feira voltar a aumentar a taxa de juro de referência, devido à forte depreciação do peso argentino, que já perdeu mais de metade do valor face ao dólar, desde o início do ano. Em comunicado, o comité de política monetária do BCRA explicou que a medida foi adotada por unanimidade “perante o risco de um maior impacto na inflação”.

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