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‘Monkeypox’. OMS quer mudar nome depois de especialistas dizerem que é “discriminatório”

A decisão surge depois de mais de 30 cientistas terem escrito na semana passada sobre a “necessidade urgente de criar um nome não discriminatório e não estigmatizante” para o vírus.
15 Junho 2022, 09h59

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que está a trabalhar com especialistas no sentido de criar um novo nome para a varíola dos macacos ou ‘monkeypox’.

A decisão surge depois de mais de 30 cientistas terem escrito na semana passada sobre a “necessidade urgente de criar um nome não discriminatório e não estigmatizante” para o vírus e a doença que ele causa. Segundo os especialistas a referência contínua ao vírus como africano é “imprecisa e discriminatória”. O novo nome sugerido pelos cientistas é hMPXV.

Além da mudança de nome, a OMS referiu também que vai realizar uma reunião de emergência na próxima semana para determinar se classifica o surto como uma emergência de saúde pública de interesse internacional. As únicas outras doenças para as quais isso aconteceu no passado foram a gripe suína, poliomielite, ebola, zika e Covid.

O diretor geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, considerou “o surto de varíola dos macacos incomum e preocupante”.

Como tal, Tedros decidiu “convocar o Comité de Emergência sob os regulamentos internacionais de saúde na próxima semana, para avaliar se o surto representa uma emergência de saúde pública de interesse internacional”.

A varíola dos macacos é causada pelo vírus monkeypox, um membro da mesma família de vírus da varíola humana, embora seja muito menos grave.

As infecções geralmente são leves e o risco para a população em geral é baixo, mas o governo do Reino Unido comprou stocks de vacina contra a varíola, assim como a União Europeia que avançou com a compra de 110 mil doses.

Cerca de 1.600 casos da doença foram registados globalmente nas últimas semanas. Embora 72 mortes tenham sido relatadas em países onde a varíola dos macacos já era endémica, nenhuma ocorreu nos 32 países recém-afetados.

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