A União Europeia está a trabalhar num acordo comum para a compra de 110 mil vacinas e antivirais contra a varíola dos macacos, dado que casos do vírus têm vindo a ganhar força na Europa.
Um amplo consenso foi alcançado entre os estados membros para que a Autoridade de Preparação e Resposta a Emergências de Saúde (HERA) adquirisse contramedidas médicas para lidar com o vírus o mais rápido possível, contou um porta-voz da Comissão Europeia à “Reuters”.
Neste sentido, a UE decidiu avançar com negociações para a compra de 110 mil vacinas Imvanex da Bavarian Nordic, bem como o antiviral tecovirimat, desenvolvido pela SIGA Technologies, com sede nos EUA.
Um porta-voz nórdico da Baviera confirmou que a HERA entrou em contato com a empresa de biotecnologia dinamarquesa devido à vacina. “Tivemos vários telefonemas com a HERA. Não temos ideia de quando haverá um acordo. Não nos cabe dizer quando haverá um acordo – existem duas partes envolvidas”, disse o porta-voz.
Depois de adquiridas com fundos europeus as vacinas vão ser entregues aos Estados-membros. As primeiras doses vão ser entregues aos países com mais urgência e depois a distribuição acontecerá consoante a proporção com a população.
A vacina da Bavarian Nordic tem aprovação oficial europeia para a varíola humana, mas existem semelhanças entre a varíola e o Monkeypox. Por sua vez, o tratamento da SIGA tecovirimat tem aprovação europeia para varíola, varíola dos macacos e varíola bovina.
Até ao momento, as autoridades globais de saúde rastrearam mais de 200 casos suspeitos e confirmados da infeção viral em cerca de 20 países desde o início de maio. Os sintomas da varíola dos macacos incluem febre, erupções cutâneas distintas, podem durar entre duas a quatro semanas e geralmente desaparecem por conta própria.
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