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Monsanto condenada a pagar 290 milhões de dólares por não ter aviso de perigo em herbicida

A Monsanto, comprada pela alemã Bayer, foi processada pelo jardineiro americano, de 46 anos, vítima de um cancro em fase terminal, após ter vaporizado com o herbicida ‘Roundup’ durante vários anos.
11 Agosto 2018, 14h53

Um tribunal de São Francisco, nos Estados Unidos, condenou sexta-feira o gigante agroquímico norte-americano Monsanto a pagar 290 milhões de dólares por não ter informado sobre a perigosidade do herbicida ‘Roundup’, na origem de um cancro num jardineiro.

Os jurados determinaram que a Monsanto agiu “com maldade” e que o seu herbicida ‘Roundup’, ainda que na sua versão profissional RangerPro, contribuiu “consideravelmente” para a doença do jardineiro Dewayne Johnson.

A Monsanto, comprada pela alemã Bayer, foi processada pelo jardineiro americano, de 46 anos, vítima de um cancro em fase terminal, após ter vaporizado com o herbicida ‘Roundup’ durante vários anos.

A Monsanto já anunciou, em comunicado, que vai recorrer da sentença e reiterou que o glifosato não provoca o cancro e não foi responsável pela doença do jardineiro americano.

“A decisão do tribunal contradiz as conclusões científicas”, corroborou o porta-voz da Bayer.

O glifosato, presente no produto Roundup, é uma substância muito controversa, que tem sido objeto de estudos científicos contraditórios quanto à presença de elementos cancerígenos.

Criticado em todo o planeta, mas raramente proibido ou condenado, o glifosato é considerado, desde 2015, como “provavelmente cancerígeno” pela Organização Mundial de Saúde.

Após dois anos de intensos debates, a União Europeia renovou, em finais de 2017, a licença do glifosato por cinco anos.

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