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Monte dei Paschi prepara-se para um resgate público

As conversações para recapitalizar o Monte dei Paschi com 5 mil milhões de euros foram aceleradas no início desta semana.
7 Dezembro 2016, 06h01

Esgotaram-se as soluções privadas para o Monte dei Paschi de Siena (MPS). Os banqueiros pediram à entidade de crédito que se prepare para um resgate estatal após a derrota do primeiro-ministro Matteo Renzi no referendo sobre a reforma constitucional.

Apesar dos mercados terem reagido com uma calma relativa ao resultado da votação, fontes próximas das negociações assinalaram que a situação política “dificultava” a garantia de um investimento de mil milhões de euros do Qatar, do qual depende o plano de recapitalização do MPS.

A JPMorgain e a Mediobanca, assessores da MPS, estão a trabalhar próximo de Pier Carlo Padoan, ministro das Finanças de Itália, para convencer a Autoridade de Investimentos do Qatar a injectar fundos no terceiro maior banco de Itália, mas há poucas esperanças de que possam consegui-los antes que vença o prazo delineado para esta semana.

Sem o investimento fundamental do Qatar, é provável que o resto do plano fracasse e este passa por garantir 5 mil milhões de euros de capital que o banco necessita.

Analistas assinalaram que será importante saber quem vai substituir Renzi à frente do Governo italiano e se o executivo desejaria adquirir uma participação maioritária num dos maiores bancos do país. “Todos estão à espera do novo Governo”, esclareceu fonte próxima do plano ao jornal espanhol online Expansiòn.

Esta fonte assinalou que a solução do setor privado for inviável, o banco e se os seus supervisores no Banco Central Europeu provavelmente apostassem numa “recapitalização preventiva”, que implicasse uma injecção de fundos estatais e a conversão de dívida subordinada em capital.

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