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Monte dei Paschi: Recapitalização vai eliminar mais de cinco mil empregos

Estado italiano vai ficar com 70% do capital do Monte dei Pashi di Siena, depois de injetar 5,4 mil milhões de euros.
  • REUTERS/Max Rossi
5 Julho 2017, 14h22

A tão esperada recapitalização do banco Monte dei Pashi di Siena foi aprovada pela Comissão Europeia, depois de vários meses de indefinição mediante o pedido do Governo italiano.

O Estado italiano vai ficar com 70% do capital do Monte dei Paschi di Siena, depois de uma injeção de capital de 5,4 milhões de euros. A medida acarreta algumas mudanças, entre elas, uma reestruturação profunda da instituição.

O banco apresentou o seu plano para os próximos cinco anos, e até 2021 deverá eliminar 5.500 postos de trabalho e encerrar 600 balcões.

Neste mesmo plano, está prevista ainda a venda de ativos, tais como, 28,6 mil milhões de crédito malparado, de acordo com um comunicado mencionado pela Bloomberg.

Esta é a maior intervenção do Estado desde o tempo de Mussolini e segundo o presidente executivo do banco, Marco Morelli, citado pela Bloomberg, “”Não há plano B e os objetivos são alcançáveis”.

A instituição financeira prevê atingir até 2021 lucros 1,2 mil milhões de euros.

“É um plano bastante conservador, não estamos a disparar para objetivos irrealistas” em relação às previsões de crescimento dos resultados “e temos uma solução estrutural e uma abordagem sustentável para a qualidade dos ativos”, sublinhou o responsável.

Mas para que o acordo com Bruxelas fosse concluído, foi necessário o cumprimento de algumas condições. Primeiramente, a confirmação por parte do Banco Central Europeu de que o banco mais antigo do mundo estava solvente e a cumprir as exigências de capital.

E em segundo e por último, para que fosse recebido o aval de Bruxelas, foi necessário que os acionistas e os credores juniores do Monte dei Paschi, garantissem a contribuição com 4,3 mil milhões de euros no plano de recapitalização do banco, de forma a limitar “a utilização de dinheiro dos contribuintes”.

Assim, a intervenção dos detentores de obrigações juniores vão permitir que os seus títulos sejam transformados em ações, o que atenuará o peso dos atuais acionistas.

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