De acordo a “Bloomberg”, que cita fontes ligadas ao processo, os 20 mil milhões de euros que a Itália pode emitir destinam-se a todos os bancos, mas não há limite pré-estabelecido sobre o montante para o Monte dei Paschi. No entanto, o Governo italiano vai aplicar o valor de que a entidade bancária precisa, segundo as mesmas fontes.
O plano já terá a aprovação das instituições europeias, embora se continue a insistir que os obrigacionistas não irão perder dinheiro, algo que o “El Economista” lembra que “em princípio, vai contra as regras da União Europeia”. Ainda assim, não há mais detalhes sobre como se processará o resgate, “embora pareça claro que a Itália vai acabar por ter uma participação significativa na mais antiga instituição financeira do mundo”, escreve o jornal espanhol.
Esta quinta-feira, as ações do Monte dei Paschi di Siena voltaram a cair cedo em Milão, registando novos recordes mínimos, resultado de o banco ter reconhecido ontem à tarde que não conseguiu atrair a atenção de nenhum grande investidor na sua expansão de capital. Ao longo do dia, as ações acabaram por ir recuperando.
“Até à data deste comunicado não se materializou o interesse de qualquer investidor”, reconheceu o Monte dei Paschi, esta semana. Segundo o italiano “Il Sole 24 Ore”, o presumível resgate público vai ser desenvolvido por fases ao longo de dois ou três meses.
Ontem, o banco explicou que a sua posição de liquidez (10.600 milhões de euros) poderia esgotar-se em quatro meses, o que contraria os 11 meses das estimativas anteriores. À margem disso, o Governo liderado por Paolo Gentiloni apressou-se a propor uma injeção de 20 mil milhões de euros, com o intuito de fortalecer o setor financeiro e adotar as medidas necessárias para proteger os investidores.
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