[weglot_switcher]

Montenegro vai sair do Parlamento para não alimentar “guerras artificiais e adversários internos virtuais”

Ao discursar no 37º Congresso Nacional do PSD, o antigo líder da bancada parlamentar anunciou que vai cessar as funções de deputado no dia 5 de abril. Dirigindo-se ao novo líder, Rui Rio, sentado na primeira fila, disse-lhe que “não vale a pena alimentar guerras artificiais e adversários internos virtuais”.
17 Fevereiro 2018, 18h22

Luís Montenegro vai abdicar do mandato de deputado à Assembleia da República, cessando funções no dia 5 de abril. Na parte final do seu discurso no âmbito do 37º Congresso Nacional do PSD, Montenegro anunciou que vai abandonar o Parlamento, na medida em que “não vale a pena estar a alimentar guerras artificiais e adversários internos virtuais”.

“Eu não quero, não sou, nem vou ser oposição interna a Rui Rio. Eu sou oposição a António Costa, Catarina Martins e Jerónimo de Sousa”, declarou Montenegro. Falando diretamente para o novo líder do PSD, sentado na primeira fila, aconselhou: “Concentre a sua energia e a energia da sua equipa no combate aos nossos adversários externos. Não transforme o partido numa agremiação dos amigos de Rui Rio”.

Embora tenha iniciado o discurso a elevar a fasquia no sentido de “vencer as terceiras eleições legislativas consecutivas”, Montenegro acabou por reconhecer que “será difícil” e sublinhou: “Mais do que lhe cobrar vitórias, quero-lhe cobrar ambição, tenacidade, arrojo para construir um projeto mobilizador para Portugal. Aquilo que se lhe exige é simples: é que sejamos uma alternativa a este ‘neo-socialismo-bloquista’ português”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.