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Montepio ainda não forneceu informações pedidas pela SCML para tomada de decisão

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa continua a aguardar os dados pedidos ao Montepio para análise aprofundada do Haitong Bank, que permita tomada de decisão, enquanto o banco vê-se pressionado pelo regulador para apresentar plano de separação entre associação mutualista e caixa económica.
17 Janeiro 2018, 09h10

O Montepio ainda não forneceu todos os dados para a avaliação pedida pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), noticia o “Público” de quarta-feira, 17 de janeiro. Diz o jornal que a análise aprofundada encomendada pela SCML ao Haitong Bank, em outubro de 2017, ainda não foi realizada porque a Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) ainda não facultou parte da informação solicitada.

O banco de investimento já terá requerido à AMMG números adicionais relacionados com algumas operações do Montepio para poder antencipar eventuais riscos futuros para a SCML e, dessa forma, desenvolver uma análise aprofundada sobre a entrada da instituição de solidariedade no banco.

Como o Jornal Económico noticiou, a 14 de janeiro, as misericórdias aguardam os resultados da avaliação financeira e autónoma ao Montepio para tomar uma decisão quanto à sua entrada no banco.

Segundo o “Público”, a associação mutualista terá argumentado que não podia facultar os dados pedidos, desde logo porque as contas de 2017 do banco ainda não estão fechadas e porque a atual adminsitração, chefiada por João Félix Morgado, está de saída.

A SCML deverá entrar no capuital do Montepio com uma participação de 10% e, até nesse ponto, os mutualistas defendem, de acordo com o “Público”, essa percentagem não implica uma análise aprofundada.

Mutualistas e Caixa Económica separados

Ainda esta quarta-feira, é noticiado pelo “Jornal de Negócios” que o Montepio deve até indicar ao Banco de Portugal, até ao final de março, as medidas adicionais a concretizar para concluir o plano de separação entre a AMMG, principal acionista do banco, e a caixa económica, iniciado em 2015.

O Banco de Portugal, por sua vez, quer que a Caixa Económica Montepio Geral  apresente um plano de ação que assegure a separação entre banco e acionista, para ser publicamente perceptível “de forma clara e inequívoca as diferenças entre as duas instituições”.

 

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