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Montepio Geral vende a carteira de malparado ‘Atlas’ no valor de 239 milhões de euros

A concretização desta operação, que englobou uma carteira de cerca de 10 mil contratos, materializa a estratégia da Caixa Económica Montepio Geral de contínua redução de ativos não produtivos.
28 Dezembro 2018, 18h47

A Caixa Económica Montepio Geral vendeu uma carteira  239 milhões de euros de crédito malparado (da sigla inglesa NPL), numa carteira que englobou cerca de 10 mil contratos, informou o banco esta sexta-feira, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. A carteira de crédito malparado alienado diz respeito à carteira denominada de ‘Atlas’, soube o Jornal Económico.

Segundo o documento, a alienação do malparado, que englobou cerca de 10 mil contratos, concluiu-se “sob a forma de venda direta à à empresa Mimulus Finance Dac”, uma empresa sediada em Dublin, a capital da Irlanda.

“A concretização desta operação materializa a estratégia da Caixa Económica Montepio Geral de contínua redução de ativos não produtivos”, conclui o documento. Em setembro de 2018, o crédito malparado da CMEG representava cerca de 16% da totalidade da carteira de crédito do banco.

A “Bloomberg” noticiou, no início de dezembro, que o CMEG estava a preparar a venda de duas carteiras de crédito malparado que, em conjunto, ascendiam a a 370 milhões de euros. A mais avultada, denominada Atlas, era constituída por créditos não produtivos, no valor de 250 milhões de euros, e foi esta que foi alienada. Entre o valor avançado pela “Bloomberg” e o valor da alienação há, assim, uma diferença de onze milhões de euros.

A segunda, chamada Cascais, dizia respeito a imóveis que o banco recebem em dação em cumprimento, e ascendia a 120 milhões de euros.

Recorde-se que no acumulado dos nove primeiros meses do ano, o Montepio tinha um rácio de exposições não produtivas, que inclui o malparado, de 16,2%. Ora, os bancos procedem à venda destes créditos não produtivos para limparem o balanço, ao reduzirem o peso do NPL. Em dezembro, o banco tinha mais de dois mil milhões de euros em crédito malparado.

(atualizada)

 

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