Montepio revê em baixa previsão de crescimento do último trimestre

O Montepio reviu ligeiramente em baixa as estimativas do crescimento económico no último trimestre de 2014, esperando que o PIB tenha crescido 0,4%, devido a “comportamentos bastante desfavoráveis” da atividade retalhista e industrial nesse período. No semanal de economia e mercados hoje divulgado, o Departamento de Estudos Económicos do banco Montepio afirma que “o mau […]

O Montepio reviu ligeiramente em baixa as estimativas do crescimento económico no último trimestre de 2014, esperando que o PIB tenha crescido 0,4%, devido a “comportamentos bastante desfavoráveis” da atividade retalhista e industrial nesse período.

No semanal de economia e mercados hoje divulgado, o Departamento de Estudos Económicos do banco Montepio afirma que “o mau final do quarto trimestre de 2014 da atividade retalhista e industrial levou a rever ligeiramente em baixa a estimativa de crescimento do PIB [Produto Interno Bruto], de 0,5% para 0,4%”.

Os analistas explicam que a leitura de dezembro das vendas a retalho deu conta de um “forte decréscimo mensal de 3,8%”, enquanto a produção industrial “observou um forte decréscimo mensal, de 2,6%”.

Ainda assim, os economistas do Montepio afirmam que apesar do “comportamento bastante desfavorável” destes indicadores, e economia continua “em aceleração”, face ao terceiro trimestre (+0,3%), embora “rodeado ainda de alguns riscos descendentes, com a economia a acabar, assim, por ser essencialmente suportada pelos serviços”.

O departamento de estudos considera que os riscos que têm sido identificados para a estimativa de crescimento anual de 0,9% em 2014 são tanto de origem externa (relacionados com a incerteza geopolítica no Médio Oriente e no Leste da Europa), como interna, “devido aos efeitos da crise do Grupo Espírito Santo (GES) sobre as decisões dos agentes”.

Esses riscos estão “mais balanceados desde a revisão em alta do PIB do terceiro trimestre de 2014, apesar de ainda presentes” também para 2015, afirma o Montepio.

Para este ano, o departamento de estudos continua a apontar para um crescimento de 1,5% do PIB, considerando que a descida do petróleo e o impacto das novas medidas do BCE “colocam riscos ascendentes”, ou seja, que podem ser positivos, à previsão.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga a 13 de fevereiro a estimativa rápida das contas nacionais trimestrais, indicando o valor do PIB do quarto trimestre de 2014.

 

OJE/Lusa

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