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Montijo. ANA prevê que novo aeroporto crie 3.200 postos de trabalho diretos e 3.500 indiretos

O presidente da Comissão Executiva da ANA, Thierry Ligonnière, estima que o aeroporto do Montijo demore entre 36 a 39 meses a construir e considera que projeto tem de ser desenvolvido “o mais rapidamente possível”.
  • Miguel A. Lopes/Lusa
16 Julho 2020, 19h51

A ANA – Aeroportos de Portugal prevê criar 3.200 postos de trabalho diretos e 3.500 indiretos com numa fase inicial do aeroporto do Montijo, que se prevê que entre em funcionamento em 2022. O presidente da Comissão Executiva da ANA, Thierry Ligonnière, estima que o aeroporto do Montijo demore entre 36 a 39 meses a construir e considera que projeto tem de ser desenvolvido “o mais rapidamente possível”.

Depois de o Governo ter vindo anunciar que o futuro aeroporto do Montijo deverá contribuir com mais de 10 mil postos de trabalho, diretos, indiretos e induzidos, Thierry Ligonnière veio esclarecer, numa audição parlamentar da Comissão de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território, que as contas da gestora dos aeroportos nacionais apontam para a criação de 3.200 postos de trabalho direitos, 3.500 indiretos e 3.200 induzidos.

“Temos de continuar a pôr o projeto a andar o mais rapidamente possível. O tráfego estará previsto para voltar aos níveis antes da covid-19 em 2023 e a construção do aeroporto irá demorar 36 a 39 meses depois da assinatura da adenda do contrato de concessão”, afirmou o CEO da gestora dos aeroportos nacionais.

Thierry Ligonnière disse que, além do “projeto único” de desenvolvimento um novo aeroporto na base aérea n.º 6 do Montijo, a ANA está a ponderar avançar com “muitos projetos” no aeroporto Humberto Delgado, que irão influenciar as taxas aeroportuárias, cobradas aos diferentes utilizadores dos aeroportos, seja às companhias de aviação ou às empresas de assistência em escala (handling) e aos passageiros.

“Cada investimento que é feito no aeroporto Humberto Delgado, a partir de determinada data, vai influenciar, pelo seu custo, o comportamento das taxas. A regulação económica atual, que tem como objetivo incentivar o aumento do tráfego, permitia o aumento das taxas conforme o aumento do tráfego. Esta regulação tem também um mecanismo oposto”, referiu o presidente da Comissão Executiva da ANA.

Quer isto dizer que, numa altura em que as companhias aéreas registam quebras significativas no tráfego, a ANA “será obrigada a reduzir as taxas de forma significativa”. Thierry Ligonnière disse que a ANA tem antecipado essa descida, com a proposta à Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) de pagamento de notas de crédito às companhias aéreas para “estimular a retoma do tráfego o mais rapidamente possível”.

Entre 2009 e 2012, as taxas aeroportuárias estiveram congeladas, mas, desde a privatização da ANA, têm vindo a ser atualizadas anualmente. Nessa atualização são tidos em conta a evolução da inflação e o tráfego aéreo previsto.

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