A agência de notação Moody’s acredita que as políticas de promoção de uma maior inclusão das mulheres no mercado de trabalho em países com rendimentos elevados podem aumentar a credibilidade da dívida soberana dos países promotores. A agência de notação financeira mostra que uma maior participação feminina no mercado de trabalho permitiria compensar as pressões demográficas e alavancar o crescimento económico.
O estudo da autoria da agência de notação norte-americana mostra que a credibilidade soberana dos países poderia melhorar através de três vertentes, caso estes passassem a promover uma maior inclusão das mulheres: mitigar a diminuição da população ativa, ampliar a base tributável e aliviar a pressão imposta para as pensões e, a um longo prazo, gerar receitas significativas para o Estado, que permitam um crescimento económico palpável.
A título de exemplo, a Moody’s estima que o crescimento económico do Japão poderia aumentar mais 0,75 pontos percentuais, caso o país implementasse medidas mais igualitárias em termos termos laborais para homens e mulheres nos próximos 15 anos. O mesmo aconteceria com a Coreia do Sul, que veria o passo da expansão económica acelerar um ponto percentual, caso o país seguisse estas recomendações.
O estudo mostra também que uma maior participação feminina no mercado de trabalho faria aumentar a produtividade, especialmente quando as mulheres com maior escolaridade se integrassem plenamente no mercado de trabalho. A Moody’s lembra ainda que o aumento de mulheres nas empresas, nos últimos anos, serviu de “amortecedor” para a dívida das famílias, o que, em última instância, significa também uma redução do risco de maior instabilidade financeira dos diferentes países.
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