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Moreira da Silva: “Sentirei uma grande falta da participação política”

Em causa está a aceitação do novo cargo de diretor-geral da OCDE por parte do ainda vice-presidente de Pedro Passos Coelho. A função governativa termina na próxima segunda-feira.
27 Outubro 2016, 08h52

Uma semana antes de assumir o novo cargo enquanto diretor-geral para a Cooperação e Desenvolvimento da OCDE, Jorge Moreira da Silva deu uma entrevista à Antena 1, esta quinta-feira, onde adianta que sentirá falta da participação na vida política.

“Sentirei uma grande falta da participação política. Eu sou político não por profissão mas acho que por vocação”, afirma. Em relação à nova função, Moreira da Silva destaca que pode “ser útil nesta nova função”, nas declarações que fez esta manhã.

O ainda vice-presidente de Pedro Passos Coelho revela que avisou o líder do PSD no passado mês de janeiro. “Eu não pedi a ninguém ajuda, não pedi licença a ninguém, avisei Pedro Passos Coelho no início do ano”, sublinha.

A propósito do apoio do governo português ao novo cargo, cujo mandato é de três anos (renovável), o ex-dirigente da JSD garante que não prosseguiria com a candidatura, caso fosse considerada inadequada por parte do governo português.

Na mesma entrevista à Antena 1, Jorge Moreira da Silva falou sobre as eleições autárquicas do próximo ano e assegurou que não pensou candidatar-se à Câmara Municipal de Lisboa. “Não só eu não estava a ponderar candidatar-me como as várias notícias que à época foram saindo, da parte da concelhia de Lisboa, sublinhavam que não viam com bons olhos uma eventual candidatura”, acrescenta o antigo ministro do Ambiente.

A notícia de que Jorge Moreira da Silva iria assumir funções de direção na OCDE veio a público no passado dia 15 deste mês. O antigo eurodeputado social-democrata vai fixar residência em Paris, brevemente, e manter-se como presidente da Plataforma para o Crescimento Sustentável.

Esta Plataforma é um grupo de reflexão, oriundo da sociedade civil, no qual os objetivos se prendem com a investigação e promoção de consensos sobre a reforma do Estado, sistema político e educação, entre outros setores.

Apesar de a candidatura de Moreira da Silva ao cargo da OCDE ter sido individual, contou com o apoio do ministro dos Negócios Estrangeiros e com as diligências do embaixador Paulo Vizeu Pinheiro, representante de Portugal na organização.

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