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Morreu o agente da PSP agredido na noite de Lisboa. Tinha 26 anos (com áudio)

“O agente Fábio Guerra honrou, até às últimas consequências, a sua condição policial e o seu juramento de ‘dar a vida, se preciso for’, num gesto extremo de generosidade e sentido de missão. Disso nunca nos esqueceremos”, continua a PSP.
21 Março 2022, 12h34

Morreu o agente da polícia que foi agredido na passada noite de sábado à porta de uma discoteca em Lisboa, informou a Polícia de Segurança Pública (PSP) esta segunda-feira. O agente Fábio Guerra tinha 26 anos e estava em coma no hospital de São José desde a noite da agressão.

“A PSP informa, com pesar e dor, que, na sequência das agressões de que foi vítima em 19 de março de 2022, em ação policial, o agente Fábio Guerra da PSP, faleceu hoje pelas 09h58, vítima das graves lesões cerebrais que sofreu”, lê-se no comunicado da entidade.

O agente da esquadra 64 de Alfragide acabou por não resistir aos graves ferimentos das agressões que ocorreram pelas 6h30 de sábado junto à discoteca MOME, na Avenida 24 de julho.

“O agente Fábio Guerra honrou, até às últimas consequências, a sua condição policial e o seu juramento de ‘dar a vida, se preciso for’, num gesto extremo de generosidade e sentido de missão. Disso nunca nos esqueceremos”, continua a PSP.

A PSP admite que “continuam em curso todas as diligências, em coordenação com a Polícia Judiciária, visando a identificação e detenção de todos os autores das agressões” que resultaram na morte de Fábio Guerra.

Publicamente, a PSP manifesta “votos de pesar, apoio e solidariedade” aos familiares e amigos do agente de 26 anos e agradece também os esforços de todo o pessoal médico do hospital de São José na assistência ao agente.

Os outros três agentes que também tinham sido agredidos já tiveram alta hospitalar e já foram ouvidos pela Polícia Judiciária. Os quatro agentes encontravam-se de folga quando decidiram intervir numa rixa entre dois grupos no exterior do espaço noturno.

Para já, existem três suspeitos identificados pelas autoridades competentes, num universo de dez suspeitos apanhados pelas imagens de videovigilância mas ainda não existem detenções.

Sabe-se que dois dos suspeitos identificados são Fuzileiros a contrato com a Marinha, de 22 e 21 anos. Ligados a um ginásio de boxe no concelho de Sesimbra, os suspeitos estão atualmente retidos nas instalações da Base do Alfeite, em Almada, a mando do chefe da Armada, o almirante Gouveia e Melo.

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