A Mota-Engil anunciou que o encaixe da venda das participações que detinha, através da Ascendi, em cinco concessionárias de auto-estradas em Portugal, foi concluído 384 milhões de euros ao grupo francês Ardian Infrastructure.
De acordo com o comunicado enviado pelo grupo liderado por António Mota e Gonçalo Moura Martins à CMVM – Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, esta é a primeira fase de um acordo com a Ardian, divulgado publicamente a 3 de agosto do ano passado.
Esta primeira fase inclui as participações diretas e indiretas detidas pela Mota-Engil nas concessionárias de auto-estradas Norte (AENOR) de ex-SCUT (sem cobrança ao utilizador) do Grande Porto, Grande Lisboa, Beiras Litoral e alta e costa de Prata, assim como as respetivas operadoras.
O negócio já acertado nesta primeira fase incluiu também a venda de 75% da Ascendi – Serviços de Assessoria, Gestão e Operação e de 20% da Via Verde Portugal – Gestão de sistemas Eletrónicos de Cobrança, uma empresa liderada pela Brisa.
Para a segunda fase do negócio, a Mota-Engil está em negociações com a Ardian para a alienação das participações da Ascendi Group em três outras concessionárias – Pinhal Interior e Douro Interior, em portugal, e Autovia de los Viñedos, em Espanha, “cuja concretização está dependente de um conjunto de condições e diversas autorizações”, de acordo com o referido comunicado da Mota-Engil.
De acordo com as informações prestadas ao mercado em agosto do ano passado, o negócio, em termos globais deveria gerar um encaixe de 600 milhões de euros, pelo que o grupo português deverá ainda vir a embolsar mais cerca de 220 milhões de euros, no mínimo, com esta operação.
De fora deste negócio ficaram as participações que a Mota-Engil mantém no setor das concessões rodoviárias de auto-estradas, em particular nas concessionárias Scutvias (ex-SCUT da Beira Interior) e Lusoponte (pontes 25 de abril e Vasco da Gama), em Portugal, e de concessionárias em quatro mercados externos: Espanha, México, Moçambique e Brasil.