Mota-Engil comunica venda de auto-estradas à Ardian por 384 milhões

A totalidade do negócio foi anunciada em agosto de 2016 por um montante de 600 milhões de euros.

Mario Proenca/Bloomberg

A Mota-Engil anunciou que o encaixe da venda das participações que detinha, através da Ascendi, em cinco concessionárias de auto-estradas em Portugal, foi concluído  384 milhões de euros ao grupo francês Ardian Infrastructure.

De acordo com o comunicado enviado pelo grupo liderado por António Mota e Gonçalo Moura Martins à CMVM – Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, esta é a primeira fase de um acordo com a Ardian, divulgado publicamente a 3 de agosto do ano passado.

Esta primeira fase inclui as participações diretas e indiretas detidas pela Mota-Engil nas concessionárias de auto-estradas Norte (AENOR) de ex-SCUT (sem cobrança ao utilizador) do Grande Porto, Grande Lisboa, Beiras Litoral e alta e costa de Prata, assim como as respetivas operadoras.

O negócio já acertado nesta primeira fase incluiu também a venda de 75% da Ascendi – Serviços de Assessoria, Gestão e Operação e de 20% da Via Verde Portugal – Gestão de sistemas Eletrónicos de Cobrança, uma empresa liderada pela Brisa.

Para a segunda fase do negócio, a Mota-Engil está em negociações com a Ardian para a alienação das participações da Ascendi Group em três outras concessionárias – Pinhal Interior e Douro Interior, em portugal, e Autovia de los Viñedos, em Espanha, “cuja concretização está dependente de um conjunto de condições e diversas autorizações”, de acordo com o referido comunicado da Mota-Engil.

De acordo com as informações prestadas ao mercado em agosto do ano passado, o negócio, em termos globais deveria gerar um encaixe de 600 milhões de euros, pelo que o grupo português deverá ainda vir a embolsar mais cerca de 220 milhões de euros, no mínimo, com esta operação.

De fora deste negócio ficaram as participações que a Mota-Engil mantém no setor das concessões rodoviárias de auto-estradas, em particular nas concessionárias Scutvias (ex-SCUT da Beira Interior) e Lusoponte (pontes 25 de abril e Vasco da Gama), em Portugal, e de concessionárias em quatro mercados externos: Espanha, México, Moçambique e Brasil.

 

 

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