A bolsa de Lisboa avançou 0,45% na sessão desta terça-feira, até aos 6.154,31 pontos. A praça beneficiou do disparo da Mota-Engil, cujos títulos valorizaram 5,27%, até aos 3,295 euros. Lá fora, o cenário foi de incerteza dos investidores, no mesmo dia em que se conheceram dados sobre a desaceleração da inflação.

Inflação anual desceu para 5,2% na zona euro

Ainda no que diz respeito aos maiores ganhos, a NOS adiantou-se 2,15%, para 3,61 euros, ao passo que a Galp ganhou 1,53% e encerrou cotada em 14,25 euros por ação. Seguiu-se o BCP, a subir 0,83%, até aos 0,2545 euros.

Em sentido contrário, a Altri foi protagonista da maior queda, na ordem de 2,25%, para 4,262 euros, ao passo que a Sonae tombou 1,00%, até aos 0,9385 euros.

Entre os principais índices europeus, o sentimento foi misto, com variações leves. Os maiores ganhos surgiram em Itália, com o índice a subir 0,60% e Espanha, nos 0,40%. Seguiram-se França e o Reino Unido, que avançaram 0,08% e 0,04%. Em terreno negativo terminaram o índice alemão, ao resvalar 0,40%, assim como o índice agregado Euro Stoxx 50, que caiu 0,08%.

Nas commodities, o barril de brent está 0,52% mais caro, em 94,92 dólares, ao mesmo tempo que o custo do crude sobe 0,66%, até aos 91,18 dólares por barril.

As bolsas europeias ainda chegaram a negociar em alta durante grande parte da manhã, possivelmente animadas pela divulgação de que a inflação na zona euro recuou ligeiramente em agosto, mas foram arrastadas pelo comportamento negativo que se vive nas congéneres norte-americanas e acabaram divididas”, de acordo com a análise do departamento de mercados acionistas do Millenium Investment Banking.

“Quem continuou a escalada foram os preços do petróleo, com o barril de brent a ultrapassar já os 95 dólares, impulsionando por isso o setor petrolífero. A Banca esteve igualmente em bom plano”, referem os mesmos analistas.

“O PSI foi dos mais animados,  puxado pelos ganhos mais expressivos de Mota-Engil, NOS, Galp e BCP.  De forma geral é natural que os investidores já estejam com os holofotes voltados para as decisões de política monetária da Reserva Federa (Fed), que chegam amanhã pelas 19 horas de Lisboa”, sublinha-se na mesma análise.

“Entretanto, hoje a OCDE elevou as perspetivas de crescimento global para este ano e desceu as de inflação, ainda que no caso da Zona Euro e EUA as projeções para 2023 e 2024 se situem acima da meta pretendida pelos bancos centrais (2%/ano), justificando as suas políticas atuais de juros elevados”, recorda-se.